Os Aborígenes Australianos formavam a população nativa da Austrália, ocupavam a maior parte do território daquele país. Antes do processo de colonização, os Aborígenes totalizavam cerca de 750 mil indivíduos, subdivididos em 500 grupos e com aproximadamente 300 dialetos diferentes. A maioria das aldeias possuía estilo de vida próprio e manifestações culturais e religiosas específicas.
Porém, com o processo de colonização do país, ocorrido em 1758 pelos ingleses, deu-se início ao massacre das comunidades Aborígenes. Muitos eram forçados a trabalhar em lavoras sob regime de escravidão, os locais considerados sagrados foram destruídos pelos colonizadores.
Não satisfeitos, os soldados ingleses visitavam as aldeias oferecendo presentes, fingindo uma aproximação amigável. No entanto, outros soldados envenenavam a água e os alimentos dos Aborígenes com arsênio. Várias pessoas, inclusive crianças, morreram em consequência do envenenamento.
Com a obtenção da independência australiana em 1° de janeiro de 1901, os Aborígenes passaram a sofrer com a discriminação da população de seu próprio país. A “The Stolen Generations” consistiu numa tentativa de “limpeza étnica” comandada pelo governo nacional. Homens invadiram as tribos e raptaram crianças, inclusive bebês, muitas foram retiradas de suas famílias, e pouco se sabe a respeito do verdadeiro paradeiro das mesmas.
Atualmente, os Aborígenes são minoria na população da Austrália (1%). Entretanto, representam a maioria nos presídios do país. É comum encontrar pela cidade, Aborígenes embriagados, e muitas vezes envolvidos em confrontos com a polícia.
Somente em 1976, o governo da Austrália começou a desenvolver políticas com o intuito de minimizar essa triste história, tentando promover a integração dos Aborígenes à sociedade. Também há auxílios destinados à manutenção das tribos restantes, proporcionado a preservação das tradições dos primeiros habitantes da Austrália.
