Sabemos que a crosta terrestre encontra-se compartimentada em inúmeros blocos, conhecidos como placas tectônicas. Estas, graças aos movimentos de convecção do magma terrestre, encontram-se em constantes movimentos, que ocorrem de diversas formas e, conforme se manifestam, provocam diferentes consequências.
Para melhor compreender os movimentos tectônicos, bem como os processos a eles relacionados, os cientistas classificaram-nos em duas formas diferentes, chamadas de movimentos orogenéticos e epirogenéticos ou, simplesmente, orogênese e epirogênese.
Orogênese: é quando os movimentos tectônicos ocorrem horizontalmente, sendo responsáveis pela constituição das cadeias montanhosas (observe o esquema abaixo). A palavra orogênese deriva de oro (montanhas) e gênese (formação). Além das cadeias de montanhas e dobramentos no relevo, a orogenia também é responsável pelo surgimento das falhas geológicas.
Esquema de orogênese no encontro entre duas placas tectônicas
A orogênese costuma acontecer em uma velocidade elevada (em comparação com as demais transformações terrestres) e ocorrem em terrenos ou regiões geologicamente recentes e, por isso, instáveis.
Epirogênese: é quando os movimentos tectônicos ocorrem verticalmente, não provocando falhas geológicas. Quando esse deslocamento vertical ocorre para cima, é chamado de soerguimento e, quando para baixo, é chamado de subsidência.
Esquema de um movimento epirogenético de soerguimento
Esquema de um movimento epirogenético de subsidência
Ao contrário da orogênese, a epirogênese costuma se manifestar em formações geologicamente antigas e estáveis, sendo um processo mais lento e gradual, de difícil análise e mensuração, uma vez que a sua incidência é mais frequente em áreas continentais, longe das bordas das placas tectônicas.