Lixo é caracterizado como tudo aquilo que não tem mais utilidade, sem valor, sujeira, imprestável para o homem e que, consequentemente, é jogado fora. Atualmente, esse é um dos maiores problemas socioambientais, visto que a produção de lixo tem se intensificado drasticamente, e a destinação final e o tratamento nem sempre ocorrem de forma adequada. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil, são produzidas mais de 230 mil toneladas de lixo por dia.
A produção de lixo é, na maioria das vezes, consequência das atividades humanas, e sua classificação se dá conforme a origem desses resíduos. Nesse sentido, o lixo é classificado como:
Lixo Público: formado por resíduos sólidos nas vias públicas, repartições públicas, limpeza de áreas de feiras livres e córregos. É constituído por areia, restos de vegetais, podas de árvores, folhagem, papéis e plásticos.
Lixo Domiciliar: oriundo das atividades residenciais, sendo composto por uma grande quantidade de matéria orgânica. Exemplos: restos de alimentos, produtos deteriorados, revistas, embalagens, papel higiênico, entre outros.
Lixo Comercial: produzido pelas diferentes atividades comerciais e de serviços, como por exemplo, lojas, supermercados, bancos, hotéis, restaurantes e bares. Em sua composição estão objetos como papéis, plásticos, restos de alimentos e embalagens.
Lixo dos Serviços de Saúde: oriundo das atividades desenvolvidas em hospitais, postos de saúde, clínicas, laboratórios, ambulatórios, consultórios odontológicos, farmácias e clínicas veterinárias. Sua composição é bem variada – resíduos sépticos, seringas, agulhas, bisturis, ampolas, materiais radioativos, etc. Esse lixo deve ter destinação e tratamento exclusivo, pois, em contato com o meio ambiente ou misturado ao lixo doméstico, poderão ser vetores de várias doenças.
Lixo Industrial: gerado pelos diversos segmentos do setor industrial. Sua composição varia de acordo com o tipo de indústria, podendo ser formado por cinzas, lodos, resíduos alcalinos ou ácidos, papéis, plásticos, metais, vidros, cerâmica, borracha, madeira, entre ouros. Conforme o segmento industrial, os resíduos gerados se enquadram em outras classificações, como, por exemplo, lixo especial.
Lixo Especial: produzido por resíduos da construção civil e de algumas atividades industriais. Sua composição é diversificada – restos de obras e demolições, embalagens de agrotóxicos, pilhas, baterias, etc. Esses resíduos devem receber tratamento, manipulação e transporte específico.
Lixo Radioativo: resíduo resultante de rejeitos radioativos, composto de urânio enriquecido com isótopo atômico 235. Esse lixo é extremamente perigoso, havendo, portanto, a necessidade de ser enterrado em local com a devida estrutura de tratamento e segurança.
Lixo Espacial: lixos oriundos de objetos lançados pelo homem no espaço. Composto por peças de foguetes, satélites artificiais e fragmentos de aparelhos que explodiram.
Portanto, ao separar os resíduos conforme a classificação específica, a sociedade contribui para a segurança e tratamento adequado de cada tipo de lixo. Contudo, o mais importante é reduzir a produção, além de realizar a reutilização e reciclagem dos resíduos gerados.