O Muro de Israel – também chamado de Muro da Cisjordânia - é um projeto do governo israelense que começou a ser executado no ano de 2002 e que ganhou repercussão internacional por causa da polêmica e pelas críticas que vem recebendo, inclusive de dentro da própria Israel. Sua intenção é dividir o território do país com o da Cisjordânia, pertencente à Palestina.
O motivo para a construção do muro, segundo os seus idealizadores, é servir como meio de defesa contra os ataques terroristas palestinos. O conflito entre palestinos e israelenses é historicamente longo, além de ser motivado pela disputa territorial da região da palestina pelas duas nações.
Mapa da extensão do Muro de Israel¹
Entretanto, o muro vem sendo bastante criticado, chegando até mesmo a ser apelidado de “novo muro da vergonha”. As principais críticas dizem respeito à segregação dos cidadãos palestinos que terão grandes prejuízos com essa construção, uma vez que muitos perderão seus empregos por trabalharem em um lado e morarem em outro. Aliás, existem muitos palestinos que moram em Israel e que, com a construção do muro, ficarão isolados do lado “de dentro”, transformando-se em mão de obra barata para os israelenses.
Além disso, existem fortes acusações de que o muro invade inúmeras propriedades particulares da população palestina e é usado como desculpa para confiscar recursos naturais de muitas aldeias, como nascentes de rios e terras férteis.
O Muro de Israel também é acusado de ter sido idealizado com a intenção de ampliar o território político israelense, para a formação e ampliação de colônias judaicas na região da Cisjordânia. O governo de Israel nega essas acusações. O fato, porém, é que inúmeras famílias e habitantes de aldeias palestinas que se encontravam nos locais de construção do muro ficaram desalojadas.
É frequente a utilização de dados estatísticos para afirmar que houve a redução do número de atentados terroristas e de mortes em território israelense desde a construção do muro. Porém, é preciso observar que essa diminuição se deu por conta da devolução de Israel de alguns territórios outrora invadidos, como as Colinas de Golã, e também por acordos de cessar-fogo realizados nesse período.
Alguns dados e reportagens mostram que, em 2013, já foram completados quase 65% da extensão do muro.
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¹Fonte da imagem: Ynhockey