No mundo moderno, a difusão dos meios eletrônicos e o crescimento econômico e populacional verificado no século XX, especialmente na Ásia e na América do Sul, ampliou a necessidade por recursos energéticos. A sociedade começou a desenvolver tecnologias que pudessem transformar os recursos naturais em fontes de energia e, assim, estruturou-se uma diversificada matriz energética mundial.
A matriz energética compreende as diferentes fontes de energia disponibilizadas, distribuídas e comercializadas para atender aos diversos setores da economia e da sociedade. Atualmente, essa matriz estrutura-se em grande parte na utilização de recursos energéticos não renováveis, especificamente os combustíveis fósseis, como petróleo, gás natural, carvão mineral e vegetal; hidrocarbonetos que produzem elevada quantidade de energia, porém são grandes emissores de gases poluidores e causadores do efeito estufa. Veja a seguir o gráfico com a participação das diversas fontes de energia da matriz energética mundial:
Gráfico da participação das fontes de energia na matriz energética mundial
Um dos maiores desafios para se evitar uma crise energética é a busca por fontes de energias mais eficientes, limpas e renováveis. Segundo o último relatório disponibilizado pela Agência Internacional de Energia (AIE), de 2014, o consumo de energia através de fontes não renováveis ainda representava a maior parcela da matriz mundial, porém desde os anos 70, quando o consumo de energia por combustíveis fósseis atingiu seu pico, ocasionando a crise do petróleo, isso tem mudado. Veja a tabela abaixo:
Fonte: Agencia Internacional de Energia (2014)
Ainda, segundo a AIE, em 2040 o consumo de petróleo registrará uma diminuição de apenas cinco pontos percentuais na matriz energética mundial, em contraponto ao aumento de 10% da utilização de fontes de energias alternativas renováveis. Vale ressaltar que enquanto nos países desenvolvidos as fontes de energia renováveis alcançam cerca de 13% da matriz energética, esse percentual cai para 6% em países em desenvolvimento. Essa alteração nas matrizes energéticas dos países permitirá a diminuição em gastos com produção, armazenamento, transporte, distribuição, segurança e sistemas antipoluentes, além de ser extremamente importante para desacelerar o processo de aquecimento global.