A Mata de Araucária é um bioma típico de regiões com clima subtropical. Incide em países como a Austrália, Argentina, Chile, entre outros. No Brasil, ela está relacionada à Mata Atlântica, sendo encontrada em algumas porções do estado de São Paulo e, principalmente, na Região Sul do território brasileiro.
O relevo onde se localiza a Mata de Araucária é caracterizado por planaltos ondulados com terrenos sedimentares e basálticos, constituídos por médias altitudes (entre 800 e 1.300 metros). Os solos apresentam variação em sua composição, podendo ser pobres em minerais em algumas áreas, e outras (representadas pela maioria) possuem grande fertilidade natural. Os rios são perenes, ou seja, apresentam água durante o ano inteiro.
A vegetação desse bioma é formada por árvores com folhas em forma de agulha, finas e alongadas, proporcionando uma paisagem exuberante. A espécie dominante é a Araucaria angustifolia, nome científico do Pinheiro-do-paraná, cujo fruto é o pinhão. Essa espécie atinge mais de 50 metros de altura. Destacam-se também o xaxim e a bracatinga.
Em território brasileiro, a Mata de Araucária não é homogênea. Em alguns trechos é possível encontrar mosaicos de campos entremeados por bosques de pinhais, como também, vegetações típicas do cerrado.
A Mata de Araucária possuía 100 mil quilômetros quadrados, porém, atualmente, está reduzida a 2% dessa área. A degradação do bioma teve início no século XX com a realização de queimadas e derrubadas de árvores para o desenvolvimento de atividades, como o cultivo de milho, trigo, uva, além da utilização da madeira em serrarias.
A intensificação da atividade agropecuária na região promoveu – e ainda promove – grande destruição do bioma, em virtude da fertilidade do solo por ele apresentada, sendo conhecida como “terra roxa”, propícia para a agricultura e o pastoreio.