A Mata Atlântica é um bioma encontrado ao longo da costa do oceano Atlântico. Está predominantemente localizada no Brasil e com pequenas porções vegetacionais distribuídas no Paraguai e na Argentina. É subdividida em seis grandes ecossistemas. A Mata Atlântica possui um clima tropical. Já o solo é composto por muita matéria orgânica. Essas características favorecem a presença de uma elevada biodiversidade. A flora é composta por espécies de grande porte, como o pau-brasil, e a fauna possui muitos animais que correm risco de extinção, como o mico-leão-dourado.
O bioma Mata Atlântica possui grande importância ambiental e econômica, em razão do elevado número de espécies e do fornecimento de elementos para as atividades produtivas do Brasil. No entanto, a predação da floresta gerou uma elevada degradação ambiental. Além disso, a maior parte da população brasileira está distribuída em áreas de Mata Atlântica, sendo que essa concentração resulta em inúmeros impactos ambientais. Tal realidade faz com que esse bioma seja conhecido como o mais degradado do Brasil. Na atualidade, restam cerca de 12,4% da cobertura original da Mata.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Características da Mata Atlântica
- 2 - O que resta da Mata Atlântica?
- 3 - Importância da Mata Atlântica
- 4 - Degradação da Mata Atlântica
- 5 - Exercícios resolvidos
Características da Mata Atlântica
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Localização da Mata Atlântica
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A Mata Atlântica está localizada ao longo do oceano Atlântico, na costa leste da América do Sul. Sua extensão compreende a maior parte da região litorânea do Brasil, assim como pequenas porções do território do Paraguai e da Argentina. No caso brasileiro, a Mata Atlântica cobre cerca de 15% do território nacional, sendo presente em 17 estados, nas regiões:
A sua localização geográfica confere-lhe características específicas. O fato da Mata estar localizada em uma região de baixa e média latitudes influencia diretamente na alta incidência solar presente na floresta. Além disso, sua proximidade com o oceano Atlântico garante-lhe elevada umidade, com um alto índice de chuvas na região.
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Subdivisões da Mata Atlântica
A Mata Atlântica é um bioma extremamente diverso e que possui diferentes características ao longo da sua distribuição territorial. Além das características gerais da sua localização geográfica, existem particularidades locais que influenciam na fauna e na flora. Desse modo, foram efetivados, para fins de classificação florestal, diferentes ecossistemas que compreendem a porção total na Mata. Essa classificação foi realizada por organizações públicas e privadas que auxiliam seu no gerenciamento e na sua preservação.
As subdivisões mais comuns da Mata Atlântica são:
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Floresta ombrófila densa: marcada pela alta pluviosidade e pela presença de espécies de árvores de grande porte. Ocorre ao longo do litoral, em especial, nas áreas serranas.
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Floresta ombrófila aberta: é caracterizada por uma vegetação mais aberta, com menor densidade de árvores de grande porte. Além disso, possui elementos climáticos como pouca umidade e maior temperatura. É muito comum na região Nordeste do Brasil.
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Floresta ombrófila mista: possui grandes árvores com maior espaçamento entre elas. Além disso, as temperaturas tendem a ser menos elevadas. Está localizada na região Sul do Brasil. Sua árvore símbolo é a araucária.
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Floresta estacional decidual: recebe esse nome, pois algumas de suas árvores perdem suas folhas nos períodos mais frios do ano (outono e inverno). Está presente nas áreas mais interioranas do Brasil, como Minas Gerais e Goiás.
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Floresta estacional semidecidual: possui a ocorrência de estações do ano muito bem definidas, com verão quente e úmido e inverno frio e seco. Também ocorre em regiões interioranas do Brasil, assim como no Paraguai e na Argentina.
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Campos de altitude: são caracterizados pela presença de vegetação em regiões de alta altitude. Ocorrem na Serra do Mar, na Serra da Mantiqueira e na Serra do Espinhaço, formações serranas do Brasil.
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Manguezais: ocorrem ao longo de todo o litoral, em especial, nas zonas de contato da água salgada do mar com a água doce dos rios que deságuam no oceano. São marcados pela grande diversidade de espécies de fauna e possuem elevada relevância econômica para as comunidades tradicionais.
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Restingas: presentes nas áreas de praia, também recebem influência direta da água salgada do oceano, assim como do vento e do Sol. São caracterizadas pelo terreno extremamente arenoso, por causa da presença de areia.
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- Vegetação e flora
A vegetação da Mata Atlântica é composta por uma floresta tropical, sendo que essa formação apresenta algumas particularidades ao longo da sua distribuição geográfica, devido às características físicas de cada região.
De maneira geral, a vegetação da Mata Atlântica é composta por um número elevado de espécies, inclusive, muitas delas são endêmicas, ou seja, só ocorrem nesse bioma. Essas espécies são beneficiadas pela alta umidade e temperatura dessa floresta, além do seu solo rico em nutrientes, situações que favorecem o nascimento das plantas.
De acordo com informações do site do Ministério do Meio Ambiente, a Mata Atlântica possui cerca de 20.000 espécies vegetais, sendo que esse número corresponde a, aproximadamente, 35% das espécies existentes no Brasil. São plantas típicas da Mata Atlântica:
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Quaresmeira
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Pau-brasil
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Jacarandá
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Peroba
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Cedro
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Figueira
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Embaúba
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Jequitibá-rosa
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Bromélias
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Orquídeas
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Clima da Mata Atlântica
O clima da Mata Atlântica é predominantemente tropical, com pequenas variações ao longo da sua distribuição geográfica, em razão das particularidades da atuação dos elementos e fatores climáticos em cada local.
A principal característica climática da Mata é a elevada pluviosidade, ou seja, um alto volume de chuvas. Esse cenário é decorrente da proximidade da floresta com o oceano Atlântico e, por consequência, da influência das massas de ar provenientes desse oceano. Além disso, as características hidrográficas e de relevo da região também conferem uma elevada umidade para a floresta.
O clima predominantemente úmido favorece o desenvolvimento das plantas. Além disso, o regime de chuvas em conjunto com as altas temperaturas auxiliam na decomposição de matéria orgânica e na germinação de novas espécies.
Contudo, vale destacar que, no inverno, esse cenário muda, uma vez que nessa estação a Mata Atlântica apresenta menores temperaturas que nos demais meses do ano, assim como um menor volume de chuvas. Além disso, em regiões de alta altitude, como nas serras da região Sudeste, o clima predominante é o tropical de altitude, marcado por temperaturas menores e pela elevada influência da altitude nas condições climáticas locais.
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Fauna da Mata Atlântica
A fauna da Mata Atlântica é muito diversa e marcada pelo elevado número de animais, muitos deles de amplo conhecimento da sociedade brasileira. Esses animais beneficiam-se de um ecossistema farto em alimentação e abrigo, além da elevada disponibilidade de água. Esses elementos favorecem sua reprodução e distribuição ao longo da floresta. Assim como as plantas, a Mata Atlântica também é considerada um lar de espécies de animais endêmicas e marcada por elevada biodiversidade.
Conforme informações disponibilizadas no site do Ministério do Meio Ambiente do Brasil, a Mata Atlântica possui cerca de:
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850 espécies de aves
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370 espécies de anfíbios
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200 espécies de répteis
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270 espécies de mamíferos
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350 espécies de peixes
São animais típicos da Mata Atlântica:
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Mico-leão-dourado
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Tamanduá-bandeira
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Onça-pintada
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Jaguatirica
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Veado
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Lontra
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Jaguatirica
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Gambá
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Tatu-canastra
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Capivara
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Solo da Mata Atlântica
No que consta sobre suas características pedológicas, os solos presentes na Mata Atlântica são rasos e pobres devido a sua baixa fertilidade. No entanto, o alto volume de matéria orgânica proveniente da decomposição de restos de animais e plantas altera suas características físicas e químicas.
Desse modo, no interior da floresta, os solos podem ser considerados altamente férteis devido ao material decomposto oriundo dos seres vivos que habitam as áreas florestadas. Além disso, a proteção da vegetação é essencial para que a água seja bem distribuída no subsolo e alimente as nascentes dos rios da região. No mais, torna-se importante destacar que, assim como a fauna e flora, os solos da Mata têm características particulares ao longo das diferentes subdivisões da floresta, assim como pela diferença climática presente nesses ecossistemas.
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População da Mata Atlântica
De acordo com estimativas realizadas pela Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, cerca de 123 milhões de pessoas moram nas cidades localizadas dentro dos limites vegetacionais da Mata Atlântica. Esse número indica uma elevada concentração populacional nessa área, já que ele representa mais de 60% da população brasileira.
Esse cenário pode ser explicado pelo processo de ocupação do território brasileiro, altamente concentrado ao longo do litoral do país, justamente onde se encontrada a Mata Atlântica. Os estados mais populosos do Brasil, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, estão localizados predominantemente em áreas de vegetação de Mata Atlântica.
Além desse cenário, que inclui toda a população brasileira, destaca-se ainda a chamada população tradicional da Mata Atlântica, ou seja, o grupo de pessoas que habitam essa floresta e possuem estreitos laços econômicos e culturais com ela. São eles os indígenas, quilombolas, caiçaras e ribeirinhos.
As populações tradicionais possuem estreita relação com a floresta, de onde tiram o seu sustento, além de alimentação e objetos de uso cotidiano. Entretanto, com o crescimento das cidades, a prática agrícola e a exploração das florestas, as populações tradicionais foram migrando para os grandes centros. Na atualidade, restam poucos núcleos populacionais formados por ribeirinhos, por exemplo.
O que resta da Mata Atlântica?
A Mata Atlântica é o bioma mais desmatado do Brasil. De acordo com o levantamento de instituições que trabalham com a questão ambiental, restam cerca de 12,4% da cobertura original da Mata Atlântica. Esse número é representativo do elevado ato de degradação apresentado pela floresta. Tal processo foi iniciado em conjunto com a ocupação e colonização do território brasileiro. A exploração madeireira, em especial do pau-brasil, e, posteriormente, a implantação de monoculturas de cana-de-açúcar e café contribuíram efetivamente para o desmate da floresta.
Ao longo do processo histórico brasileiro, novas formas de ocupação e produção aumentaram muito o desmatamento da Mata Atlântica. O aumento da urbanização, por exemplo, provocou o crescimento da população urbana e uma concentração populacional nos grandes centros do país. Já a industrialização efetivou a instalação das indústrias nesses grandes centros, geralmente localizados próximo do litoral.
Além disso, a expansão industrial brasileira fomentou a procura por matérias-primas, muitas vezes oriundas da própria floresta. Todos esses fenômenos geográficos ocorreram de maneira muito forte e ficaram concentrados na porção Centro–Sul do Brasil, justamente a região que dispunha da maior cobertura de vegetação de Mata Atlântica no país.
O elevado nível de desmatamento e predação da floresta continua na atualidade. Esse cenário motivou a Mata Atlântica a ser considerada um hotspot. Essa classificação é dada para regiões geográficas do mundo que apresentam um grande nível de biodiversidade de flora e fauna, mas que se encontram em elevado risco de extinção, devido ao altíssimo grau de perda vegetacional verificado ao longo do tempo.
Importância da Mata Atlântica
A importância da Mata Atlântica está atrelada ao seu alto nível de biodiversidade e ao seu elevado papel ambiental em diferentes regiões do Brasil. Primeiramente, deve-se enumerar a importância ambiental da floresta, que auxilia na regulação de eventos climáticos, como o regime de chuvas em nível regional. A floresta ainda detém uma importância histórica, por ser um importante símbolo do país e por ter fornecido muitas matérias-primas para o processo de desenvolvimento do Brasil.
Além disso, ela guarda um conjunto de espécies nativas que são utilizadas por diferentes setores da indústria, desde o moveleiro até o farmacêutico. A importância econômica da floresta também é dada pela sua localização, na região mais industrializada e densamente povoada do país. Em diferentes locais, os elementos da floresta são utilizados para atividades cotidianas da população, desde a prática do turismo até atividades recreativas.
Ainda, na Mata Atlântica estão localizadas importantes bacias hidrográficas do Brasil. Os rios que nascem e percorrem a floresta fornecem água para abastecimento humano e industrial nas principais cidades do país. Além disso, os reservatórios de água da região são utilizados para a irrigação de áreas agrícolas e, também, para a geração de energia por meio de hidroelétricas.
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Degradação da Mata Atlântica
A degradação da Mata Atlântica é marcada pelo desenvolvimento das atividades humanas nas áreas de floresta, em especial, pelo processo de ocupação populacional e pela expansão industrial vivenciados ao longo dos últimos 520 anos, ou seja, após o processo de ocupação do atual Brasil.
Primeiramente, a exploração madeireira foi o grande motor do processo de desmate da floresta. Após esse período, o desenvolvimento de cultivos agrícolas, como o café e a cana-de-açúcar, e a expansão urbana, por meio da criação e desenvolvimento das cidades, foram os principais motivadores da devastação da floresta. Ademais, a concentração populacional em razão do predomínio de grandes centros urbanos e a instalação de indústrias e demais setores de produção próxima dessas cidades contribuíram para o aumento sistemático da destruição da floresta.
Na atualidade, esse cenário ainda se faz presente em alguns pontos da Mata Atlântica. Nesse sentido, cresce o impacto ambiental na floresta devido à exploração de áreas para fins turísticos, imobiliários e, ainda, para expansão de atividades agrícolas. Além disso, o tráfico de animais silvestres e a poluição presentes nos fragmentos de mata e nos rios da região preocupam os ambientalistas.
Sendo assim, a Mata Atlântica é conhecida mundialmente por ser o bioma mais degradado do Brasil. Essa alcunha representa o longo período de degradação vivenciado pela floresta em conjunto com os inúmeros impactos ambientais presentes nela. Desse modo, a Mata Atlântica ainda carece de políticas preservacionistas a fim de evitar sua extinção completa.
Exercícios resolvidos
Questão 1 – (Unesp) A extração de madeira, especialmente do pau-brasil, os ciclos do açúcar e café e o desmatamento para instalação de indústrias são eventos de nossa história que contribuíram para a degradação desse bioma.
O texto refere-se ao bioma:
A) Mata Atlântica.
B) Caatinga.
C) Cerrado.
D) Pantanal.
E) Floresta Amazônica.
Resolução
Alternativa A. A questão apresenta os principais fatores que tornaram a Mata Atlântica o bioma mais degradado do Brasil. As atividades primárias, como o extrativismo e agricultura, e as atividades secundárias, como a indústria, foram duas das grandes causadoras do elevado desmatamento verificado na Mata Atlântica ao longo dos anos.
Questão 2 – (UFRR 2016) A Mata Atlântica originalmente cobria uma área de 1 milhão de km², estendendo-se ao longo do litoral, desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. Ela é o ecossistema brasileiro que mais sofreu os impactos ambientais dos ciclos econômicos da história do Brasil, reduzindo-se a cerca de 7% de sua área original. Analise as afirmações a seguir:
I. O desmatamento da Mata Atlântica teve início com a chegada dos colonizadores ao Brasil, quando os portugueses extraíam o pau-brasil, uma árvore de coloração avermelhada da qual retiravam um corante muito apreciado na Europa.
II. Apesar da perda de uma vasta área, a Mata Atlântica não sofre com problemas de extinção, uma vez que as espécies endêmicas da região encontram-se protegidas por unidades de conservação.
III. A expansão da agricultura, principalmente ligada à produção de cana-de-açúcar no Nordeste e do café no Sudeste, foi um dos fatores que levaram à supressão de vastas áreas da Mata Atlântica.
Após a leitura, marque a opção com a(s) assertiva(s) corretas.
A) III.
B) I.
C) I e II.
D) I e III.
E) Todas as afirmativas são incorretas.
Resolução
Alternativa D. Primeiramente, as assertivas I e III trazem afirmações verdadeiras sobre o processo de desmatamento da Mata Atlântica. As atividades primárias, como o extrativismo explicitado na afirmativa I e a agricultura apresentada na afirmativa III, foram fundamentais no processo de degradação desse bioma. Já a assertiva II é considerada incorreta, uma vez que a Mata Atlântica sofre com a perda de espécies animais e vegetais. Na atualidade, várias espécies estão em processo de extinção em razão da perda do habitat e dos impactos ambientais verificados nas áreas de cobertura da floresta.
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