O manto terrestre, que é uma camada interna da Terra localizada entre a crosta e o núcleo, está envolvido, acima, pela descontinuidade de Mohorovicic e, abaixo, pela descontinuidade de Gutenberg. É conhecido por ser a maior e mais volumosa entre as camadas do planeta, apresentando mais de 85% do volume total da Terra.
A profundidade do manto terrestre inicia-se por volta dos 70 km e pode atingir até os 2900 nas áreas próximas ao núcleo externo. Em razão da elevada pressão interna e também do calor oriundo do centro do planeta, as temperaturas do manto podem alcançar valores próximos dos 2000ºC.
Em termos de classificação, subdivide-se essa camada em manto superior e manto inferior.
O manto superior estende-se até por volta dos 400 km e nele se encontra uma camada que chamamos de astenosfera, onde o magma circula de maneira cíclica, formando as chamadas células de convecção no interior da Terra. Essas são as principais responsáveis pela movimentação das placas tectônicas na crosta terrestre.
O manto superior apresenta uma composição mais fluida, em razão das maiores temperaturas. Estima-se que essa camada apresente uma grande quantidade de ferro em sua composição química, o que eleva a sua densidade. Além disso, há uma grande presença de silicatos ferromagnesianos (ferro e magnésio) e também de silicatos cálcio-aluminosos, tornando-os os minerais mais abundantes da Terra, embora não estejam presentes na crosta terrestre.
O ser humano jamais conseguiu alcançar o manto terrestre, tanto pelas elevadas profundidades quanto pelas acentuadas temperaturas que se acirram assim que se elevam as profundidades. Por esse motivo, tudo o que se sabe sobre essa camada foi obtido a partir de análises químicas de rochas vulcânicas e também com base nos abalos sísmicos oriundos do interior do planeta por intermédio da utilização de um aparelho chamado sismógrafo.