Intemperismo e erosão são dois processos relativos à transformação do relevo, nos quais ocorrem o desgaste e o transporte de sedimentos, além da alteração da paisagem da superfície terrestre. Sua presença é mais facilmente observada em relevos geologicamente antigos e que estiveram por mais tempo expostos aos agentes externos ou exógenos, como a água e os ventos.
Existem muitas dúvidas a respeito da diferença entre intemperismo e erosão, haja vista que se trata de processos correlatos. Mas, de uma maneira geral, podemos dizer que um fenômeno complementa o outro.
O intemperismo, também chamado de meteorização, é o processo de desgaste das rochas por meio de elementos químicos (decomposição), físicos (desagregação) ou biológicos. Os principais responsáveis por esse processo são a água, o vento, o clima e também os seres vivos, principalmente alguns micro-organismos que ajudam a decompor as rochas.
A erosão, por sua vez, é o conjunto de fenômenos que envolvem o desgaste, o transporte e a deposição das rochas e dos solos. Geralmente, a erosão dá sequência ao que foi iniciado pelos processos intempéricos, responsáveis pela geração de sedimentos transportados pelo escoamento superficial das águas ou pelo transporte dos ventos e massas de ar.
Portanto, a relação entre intemperismo e erosão é que o primeiro precede o segundo, sendo considerados elementos atuantes na dinâmica de transformação morfológica das paisagens. Em outras palavras, podemos dizer que o intemperismo está inserido no processo inicial da erosão, que envolve a deterioração ou alteração das formas de relevo.
Além disso, é válido lembrar que o intemperismo somente atua sobre as rochas e contribui para a formação dos solos. A erosão, por sua vez, atua tanto nas rochas quanto nos solos, provocando, em alguns casos, profundos impactos ambientais tanto de origem natural quanto pela ação antrópica.