Guiné é um país localizado na África Ocidental, fazendo fronteira com seis países e o oceano Atlântico. Os países que fazem fronteira com Guiné são: Serra Leoa, Libéria, Costa do Marfim, Mali, Senegal, e Guiné-Bissau.
Durante muito tempo, o território da atual Guiné foi colônia francesa, entre o fim do século XIX e início do XX. Devido a isso, os guineenses (nascidos na Guiné) falam francês, o que justifica a migração desses africanos para a França, sendo essa migração forçada ou espontânea.
Observe alguns dados selecionados desse país africano de acordo com a plataforma organizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) conhecida como IBGE países.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Dados gerais da Guiné
- 2 - Geografia da Guiné
- 3 - Mapa da Guiné
- 4 - Demografia da Guiné
- 5 - Governo da Guiné
- 6 - Economia da Guiné
- 7 - História da Guiné
- 8 - Bandeira da Guiné
- 9 - Cultura da Guiné
- 10 - Curiosidades sobre a Guiné
Dados gerais da Guiné
- Nome oficial: República da Guiné
- Gentílico: guineense ou guineano
- Extensão territorial: 245.857 km²
- Localização: África Ocidental
- Capital: Conacri
- Clima: Tropical
- Governo: república presidencialista
- Divisão administrativa: sete regiões administrativas e a capital
- Idioma: francês
- Religiões:
- Islamismo (77%)
- Religiões tradicionais (12%)
- Cristianismo (10%)
- População: 12.771.246 de habitantes
- Densidade demográfica: 51,97 hab/km²
- Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,477 (2020)
- Moeda: Franco guineense
- Produto Interno Bruto (PIB): US$ 12.354 x1000000 (2019)
- PIB per capita: US$ 967 (2019)
- Gini: 33,7
- Fuso horário: GMT (obedece ao fuso do Meridiano de Greenwich)
- Relações exteriores:
- União Africana (UA)
- Organização das Nações Unidas (ONU)
- Fundo Monetário Internacional (FMI)
- Organização Mundial do Comércio (OMC)
Geografia da Guiné
O território guineense está localizado na costa oeste do continente africano ou África Ocidental. Faz fronteira com seis países mais o oceano Atlântico, a oeste. Os países fronteiriços com a Guiné são:
- Serra Leoa (sudoeste)
- Libéria (sul)
- Costa do Marfim (sudoeste)
- Mali (leste)
- Senegal (norte)
- Guiné-Bissau (noroeste)
O relevo do país pode ser dividido em duas partes: planícies costeiras, que cortam o litoral e o norte guineenses; e planaltos, que se estendem pelas áreas central e sul do país. O ponto culminante do relevo da Guiné é o monte Nimba, com 1752 m de altitude, sendo uma fronteira natural com Libéria e Costa do Marfim.
É na Guiné que se encontra a nascente de um dos rios mais importantes da África, o Níger, considerado o terceiro maior do continente. Esse rio corre no sentido nordeste. Outros rios também alimentam a hidrografia da Guiné, como o Gâmbia e o Bafing, um afluente do rio Senegal.
O clima da Guiné é o Tropical, com altas temperaturas e índices pluviométricos. As chuvas se concentram entre junho e novembro, podendo atingir até 2500 mm. Entre dezembro e maio, as chuvas diminuem e as temperaturas podem chegar a 38 ºC.
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Mapa da Guiné
Demografia da Guiné
Com pouco mais de 12,7 milhões de habitantes, a população guineense está concentrada nas áreas rurais. Cerca de 40% vivem nas zonas urbanas, número baixo se comparado à média mundial, que é de 55% das pessoas vivendo em cidades.
Há inúmeras línguas e dialetos locais, preservados graças às tradições orais culturais. Entretanto, mesmo com essa diversidade linguística, o idioma oficial da Guiné é o francês.
O IDH é considerado baixo (0,477), gerando miséria e pobreza para grande parte do país. Baixos índices educacionais e de desenvolvimento se refletem nas taxas populacionais, como alta taxa de mortalidade infantil (55,3 a cada mil nascidos vivos) e elevado crescimento vegetativo (2,7%).
Governo da Guiné
A Guiné é governada sob um regime presidencialista desde 1958, quando ocorreu sua independência da França. De lá pra cá, o país aprovou três Constituições (1958, 1990 e 2010), sendo a última promulgada e aprovada em maio de 2010.
Economia da Guiné
A economia da Guiné se baseia, praticamente, no setor primário, com exploração de recursos naturais e minerais do país. O país é líder mundial na produção de bauxita, além de ser destaque na exploração de diamantes, ouro, ferro, cobre e urânio.
Na agricultura, cultivos de banana, caju, café e seringueiras são comuns no país. Esse ramo econômico concentra mais de 70% da População Economicamente Ativa (PEA), fato comum em países subdesenvolvidos. Banhada pelo oceano Atlântico, a Guiné também conta com atividades pesqueiras, algo que reflete em hábitos culturais da população.
O setor secundário contribui com a exploração dos recursos minerais e obras de infraestrutura, como rodovias e portos. Contudo, esses avanços não chegam para toda a sociedade. Com isso, a Guiné é um dos países mais pobres do mundo, com baixos índices socioeconômicos, como IDH e PIB per capita.
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História da Guiné
O atual território da Guiné já era habitado há milênios, cerca de 30 mil anos atrás. A ancestralidade da Guiné é marca forte na cultura desse povo, que sofreu com ações imperiais e imperialistas ao longo de sua história.
Por muito tempo, entre os séculos XIII e XVII, o que conhecemos atualmente por Guiné era dominado pelo Império Mali, que comandou o leste e o norte do país, regiões conhecidas como Alta Guiné.
No século XIX, o imperialismo europeu chegou até a África. Franceses adentraram o território guineense na década de 1890 e ali permaneceram até 1958, ano em que houve a independência da Guiné. Por quase seis décadas, a Guiné era uma colônia francesa.
Em 1957 houve uma proposta de integrar a Guiné à comunidade francesa, algo que foi rejeitado pela população mediante um plebiscito. Com isso, o líder político Ahmed Sékou Touré, do Partido Democrático da Guiné, tornou-se o primeiro presidente guineense, pois, no ano seguinte, a França decidiu deixar o país.
Touré comandou a Guiné até 1984, e seu governo foi marcado por denúncias de tortura, repressão, corrupção e inimizades internacionais, além de ter exilado membros da oposição que eram contrários a suas ideias.
Da década de 1980 até o início do século XXI, Guiné enfrentou profundas crises governamentais, com golpes militares e eleições fraudulentas. Contudo, desde 2010, o país vivencia períodos democráticos, com eleições para os principais cargos de governo, como presidente e chefes de regiões administrativas.
Bandeira da Guiné
Cultura da Guiné
O povo guineano, apesar de ter o francês como idioma oficial, mantém suas raízes tradicionais, com costumes, manifestações artísticas e dialetos locais sendo preservados por todo o país.
Um instrumento musical característico das expressões culturais dos guineenses é o djembe. Esse instrumento é muito comum na África Ocidental e é usado em rituais religiosos, festas e celebrações.
Dentre os artistas expressivos da Guiné, podemos citar Mamady Keita, Famoudou Konatê e Fanta Konatê, filha de Famoudou. Todos usam djembe em suas apresentações, valorizando a cultura e os símbolos de seu povo.
Curiosidades sobre a Guiné
Veja algumas curiosidades sobre a Guiné, país localizado no oeste africano.
- Na África existem três países com o nome Guiné. Para diferenciar, o que aqui é abordado pode ser chamado de Guiné-Conacri. Os outros são Guiné-Bissau e Guiné Equatorial.
- Mais de 60% da população guineense vivem na zona rural.
- Em 2019, a expectativa de vida da Guiné era de 61,6 anos.
- Apenas 60% do povo guineense possuem acesso à água potável.
- As ilhas de Los são um ponto turístico bastante visitado na Guiné. Nelas um conjunto de cavernas chamado Kakimbo pode ser explorado turisticamente.
- Na Guiné está localizado um dos maiores mercados da África Ocidental, o Marché Madina.