O Fordismo é um modo de produção, ou seja, uma técnica ou estratégia utilizada para definir e ampliar a capacidade de produção de uma determinada fábrica ou indústria. O termo foi elaborado a partir de seu idealizador, Henry Ford (1863-1947), empresário norte-americano que detinha a propriedade da linha de automóveis Ford e que era responsável pela aplicação desse modo de produção a partir de 1914.
O Fordismo atuou como uma aplicação do taylorismo, idealizado por Frederick Winslow Taylor, que partia do pressuposto de que cada trabalhador deveria realizar uma atividade determinada e independente das demais etapas da produção. Dessa forma, cada trabalhador só teria necessidade de conhecer a sua própria função, de forma que o conhecimento de todo o processo produtivo caberia somente ao patrão ou gerente.
Na verdade, o fordismo atuou como uma aplicação prática e bem-sucedida do taylorismo, acrescentando a ele a preocupação da produção em massa ou em larga escala. Em outros termos, deve-se produzir o maior número de produtos no menor tempo possível, para garantir a realização máxima das vendas e a elevação dos lucros.
Além disso, Henry Ford detinha a seguinte linha de pensamento: de acordo com as leis da oferta e procura, quanto mais produtos existem no mercado, mais os seus preços se reduzem. Sendo assim, seria melhor maximizar a produção para garantir que os preços se mantivessem baixos e todos pudessem ter acesso a eles. Ford tinha o ingênuo sonho de todos os trabalhadores possuírem um automóvel produzido pela sua empresa.
Linha de Produção na fábrica da Ford, 1923
Entretanto, em virtude das péssimas condições de vida, oriundas dos baixos salários e da ausência de benefícios para os trabalhadores, o mercado consumidor não foi capaz de absorver todas as mercadorias produzidas, o que acarretou em uma grande crise do modo de produção fordista ao longo do século XX. Apesar de ter sido posteriormente substituído pelo Toyotismo, o fordismo ainda hoje é utilizado em algumas fábricas e empresas.