O Clima é uma palavra comum no cotidiano das pessoas. Sua definição, no entanto, não. É comum a confusão entre clima e tempo, mas são expressões bem diferentes. De um lado, o Tempo é o estado da atmosfera em um dado momento, por exemplo: está chovendo, está frio, está calor, está nublado. De outro lado, o clima é o conjunto de variações no tempo em uma determinada região em um período maior, por exemplo: o clima no Nordeste é seco, o clima na minha casa costuma não ser muito quente.
Dessa forma, quais são os fatores que influenciam as variações do clima?
Existe uma série de fatores que influenciam o clima, como a latitude, a altitude, as massas de ar, as correntes marinhas e a maritimidade ou continentalidade, isso sem falar da ação humana.
A Latitude é um dos fatores que mais interferem no clima. Geralmente, em regiões de baixas latitudes, isto é, localizadas próximas à Linha do Equador, as temperaturas costumam ser mais elevadas. Isso ocorre porque, nessas regiões, os raios solares possuem uma maior incidência que nas demais regiões. Dessa forma, nas regiões de altas latitudes (mais próximas aos polos), a temperatura tende a diminuir.
Além da latitude, as altitudes, associadas às variações de pressão atmosférica, também formam um fator determinante nas variações do clima. Quanto mais alta em relação ao nível do mar uma região se encontra, menores suas temperaturas tendem a ficar. Isso ocorre porque nessas regiões a quantidade de moléculas de ar também é menor, reduzindo a pressão atmosférica e sua capacidade de resguardar o calor.
As massas de ar também formam um importante fator climático, pois suas movimentações são capazes de alterar os climas de diferentes regiões, levando umidade onde está seco e proporcionando estiagem onde antes chovia. Elas ocorrem em virtude das diferenças da pressão atmosférica, deslocando-se das zonas de maior pressão para as de menor pressão.
As correntes marinhas costumam transformar as características das condições climáticas. As correntes quentes, graças às influências da latitude, quando se aquecem mais, levam mais umidade e geram temperaturas mais elevadas nas zonas litorâneas. Já as correntes frias provocam a queda da umidade e da temperatura nessas mesmas zonas.
Isso ocorre porque os oceanos são grandes armazenadores da energia solar. Como eles compõem a maior parte da superfície da Terra, suas variações de temperatura irão influenciar diretamente o clima na planeta. Assim, os fenômenos climáticos alteram-se conforme os níveis de aquecimento dos oceanos aumentam ou diminuem.
No entanto, a influência deles será mais decisiva nas regiões mais litorâneas do que nas zonas continentais. Essas variações são chamadas, respectivamente, de maritimidade e continentalidade. Além disso, há diferenças entre o calor específico da água e da terra. Nos continentes, o aquecimento é mais rápido e a conservação de calor é mais efetiva, já a água demora mais para variar a sua temperatura, levando mais tempo para provocar alterações no clima.
Além de todos esses elementos, existem também as ações humanas que também interferem no clima. Esse é, com certeza, o mais problemático dentre todos os elementos aqui citados. Isso porque ele não é natural e de difícil previsão. Sua influência é mais nítida nos chamados microclimas, como as ilhas de calor que se formam nas regiões com grandes quantidades de prédios e elevados edifícios. Além disso, existem também as inversões térmicas, que se agravam com o excesso de poluição atmosférica.
Assim, existem também indícios de que o homem não altere somente os microclimas, mas também as temperaturas em nível mundial, na teoria do Aquecimento Global. No entanto, como existem inúmeros elementos que variam sobre as oscilações climáticas, essa proposição ainda não é consensual na comunidade científica. De toda forma, é extremamente importante a adoção de medidas que visem à conservação do ambiente e da atmosfera.
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