Tanto mata ciliar quanto mata de galeria referem-se a formações florestais que circundam o leito dos cursos d'água e das redes de drenagem. Ambas possuem a importante função ambiental de controle dos processos erosivos nas margens dos rios. Mas qual a diferença entre esses dois tipos de vegetação?
A Mata ciliar é uma composição fisionômica arbórea que não costuma apresentar extensões superiores a 100 m a partir da margem do rio circundada por ela. É mais comum em terrenos acidentados na região do cerrado e em zonas de transição entre a vegetação e as áreas de drenagem. As árvores, em geral, são do tipo caducifólio, ou seja, perdem as suas folhas em um determinado período do ano.
Já a Mata de galeria circunda rios de pequeno e médio porte, geralmente presentes em regiões de menores altitudes ou áreas em que o leito do rio não está muito bem definido. Quando apresenta algum tipo de ligação entre a floresta densa e o curso d'água, ocorre de forma homogênea, ou seja, sem grandes diferenciais externos entre a sua composição vegetal e a do restante das árvores. Suas espécies são do tipo perenifólio, ou seja, não perdem suas folhas ao longo do ano.
De forma geral, a principal diferença entre mata ciliar e de galeria é o fato de que as primeiras não formam um “túnel”, isto é, não encobrem os leitos dos rios. Observe as imagens abaixo:
Mata ciliar: formação vegetal aberta, não formando corredores
Mata de galeria: as copas das árvores encontram-se e encobrem o leito do curso d'água
É extremamente importante para a manutenção dos rios que essas formações florestais sejam preservadas, mesmo em áreas urbanizadas. Isso porque suas raízes ajudam a fixar o solo e evitam a ocorrência de erosões fluviais, responsáveis pelo alargamento do leito dos rios e a eventual extinção deles.