O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um importante conceito utilizado mundialmente para medir o grau de avanço dos diferentes países quanto a vários aspectos da qualidade de vida população. Esse conceito é relevante na medida em que se desvincula parcialmente de termos puramente econômicos que não levam em conta o desenvolvimento social em um âmbito geral.
O cálculo do IDH dos países leva em conta três fundamentais princípios das sociedades: a alfabetização e acesso ao conhecimento, a renda e também o nível de saúde, ou seja, leva-se em conta a capacidade de um determinado país de oferecer à sua população uma qualidade mínima em termos de educação, saúde e distribuição de renda.
Numericamente, o IDH varia de 0 a 1, e quanto maior for o número, maior será o desenvolvimento humano medido em um determinado local. Por isso, com base nesse critério, os países podem ter IDH muito elevado, elevado, médio e baixo. Os dados obtidos são sempre disponibilizados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud)¹.
Países com IDH muito elevado (de 0,800 a 1)
Os países com IDH muito elevado correspondem a apenas 25% de todos os territórios nacionais do planeta e, como era de se esperar, apresentam um acentuado grau de qualidade de vida de suas populações, o que não significa que não existam problemas sociais, desigualdades e misérias em geral.
Entre os países com os maiores IDHs do planeta, podemos citar:
1º Noruega – 0,944
5º Estados Unidos – 0,914
12º Suécia – 0,898
27º Espanha – 0,869
44º Cuba – 0,815
49º Argentina – 0,801
Países com IDH elevado (de 0,700 a 0,799)
Esse grupo corresponde aos países com um desenvolvimento humano relativamente alto, mas ainda como desafios a enfrentar, sobretudo a distribuição da renda em face da elevada produção econômica. Engloba alguns países considerados como desenvolvidos e muitos dos países considerados emergentes, com destaque para o Brasil e o México.
Em linhas gerais, os países com IDH elevado possuem uma relativa infraestrutura e um nível avançado de industrialização, sendo, por isso, predominantemente urbanos. No entanto, ainda enfrentam alguns problemas sociais, sobretudo no que se refere às zonas periféricas e rurais de seus espaços geográficos.
Entre os países que compõem esse grupo, podemos citar:
50º Uruguai – 0,790
57º Rússia – 0,778
67º Venezuela – 0,764
71º México – 0,756
79º Brasil – 0,744
91º China – 0,719
Países com IDH médio (de 0,555 a 0,699)
Os países com IDH médio apresentam um grupo heterogêneo, envolvendo tanto economias industrializadas (como a Índia) quanto economias mais subdesenvolvidas e altamente dependentes de exportações de produtos primários (como o Congo). Em geral, esses países vêm apresentando relativas melhoras em seus IDHs ao longo dos últimos anos, combatendo problemas sociais de saúde e educação, mas ainda estão muito longes de promover uma democrática distribuição de renda.
Cabe o destaque para os seguintes países:
108º Indonésia – 0,684
111º Paraguai – 0,676
118º África do Sul – 0,658
135º Índia – 0,586
140º Congo – 0,564
Países com baixo IDH (menos que 0,555)
Os países com baixo IDH são aqueles com graves problemas socioeconômicos, relacionados com as dominações históricas e coloniais recentes, crises financeiras e, principalmente, conflitos armados e dependência econômica. A maioria dos países desse grupo pertence ao continente africano – as exceções em destaque são o Afeganistão e o Haiti – e muitos convivem com dificuldade no acesso a recursos básicos, como água e alimentos.
Nesse grupo, podemos destacar:
147º Quênia – 0,535
151º Ruanda – 0,506
163º Senegal – 0,485
168º Haiti – 0,471
169º Afeganistão – 0,468
187º Níger – 0,337 (país com o pior IDH do planeta)
¹ Fonte: PNUD (2013) – Sem dados disponíveis para os seguintes territórios: Coreia do Norte, Ilhas Marshal, Mônaco, Nauru, São Marino, Somália, Sudão do Sul e Tuvalu.