Belém é a capital do Pará, estado localizado na Região Norte do Brasil. Sua localização é importante, pois a cidade se encontra na foz do Rio Acará e na do Rio Guamá, o que chamamos de região estuarina. Com isso, a cidade é uma das mais importantes do Norte e a de maior relevância do Pará, concentrando importantes atividades econômicas, culturais e políticas. É considerada metrópole de acordo com a Hierarquia Urbana de 2018, proposta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre Belém
- 2 - Dados gerais de Belém
- 3 - Geografia de Belém
- 4 - Mapa de Belém
- 5 - História de Belém
- 6 - Economia de Belém
- 7 - Demografia de Belém
- 8 - Governo de Belém
- 9 - Infraestrutura de Belém
- 10 - Divisão geográfica de Belém
- 11 - Cultura de Belém
Resumo sobre Belém
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Belém, capital do Pará, é banhada pela Baía do Guajará, a oeste, e pelo Rio Guamá, ao sul, duas fronteiras naturais da cidade.
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O clima predominante é o tropical úmido, com elevadas temperaturas o ano todo.
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A cidade foi fundada no século XVII, em 1616. O ciclo da borracha, no século XIX, intensificou a economia belenense, atraindo levas consideráveis de migrantes de várias regiões do Brasil.
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A economia belenense é a mais forte do Pará, com atividades referentes ao comércio, serviços e turismo, em especial o ecoturismo.
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Com pouco mais de 1,5 milhão de habitantes, segundo estimativas do IBGE em 2021, Belém é a cidade mais populosa do Pará.
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A religiosidade é festejada em Belém com o Círio de Nazaré, celebração que ocorre entre os meses de agosto e outubro.
Dados gerais de Belém
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Gentílico: belenense.
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Área total: 1.059,466 km² (IBGE, 2020).
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Altitude: 4 m a 25 m.
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Fuso horário: GMT –3, ou seja, três horas de atraso em relação ao Meridiano de Greenwich.
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População total: 1.506.420 pessoas (estimativa IBGE, 2021).
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Densidade demográfica: 1.315,26 hab/km² (IBGE, 2010).
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Clima: tropical úmido.
- Histórico de Belém
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Fundação: 12 de janeiro de 1616.
- Localização de Belém
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País: Brasil.
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Unidade federativa: Pará (PA).
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Região intermediária: Belém.
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Região imediata: Belém.
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Região metropolitana: Região Metropolitana de Belém, formada por seis municípios, além da capital – Ananindeua, Benevides, Castanhal, Marituba, Santa Bárbara do Pará e Santa Izabel do Pará.
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Municípios limítrofes: Ananindeua, Barcarena, Benevides e Santa Bárbara do Pará.
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Geografia de Belém
A cidade de Belém está localizada no norte do Pará. É a capital do estado e sua posição geográfica é privilegiada em termos hídricos. Belém é banhada pela Baía do Guajará, a oeste, e pelo Rio Guamá, ao sul, duas fronteiras naturais da cidade. Esse último abastece cerca de 75% da população belenense.
Além desses recursos hídricos, Belém ainda conta com o abastecimento da Baía de Marajó, a noroeste da cidade. Igarapés e riachos são comuns em Belém, bem como outros rios, como o Rio Maguari, e ilhas que pertencem à administração do município. Ao todo, Belém conta com quatro ilhas: Mosqueiro, Cotijuba, Combu e Caratateua.
A altitude da cidade é baixa, variando entre 4 e 25 m. Dessa forma, caracterizamos o relevo belenense como planícies litorâneas e platôs amazônicos, com pouca variação topográfica. O ponto culminante de Belém está na Ilha do Mosqueiro, com 25 m de altitude em relação ao nível do mar.
O clima predominante é o tropical úmido, com elevadas temperaturas o ano todo. A média termal anual varia entre 24 °C e 32 °C, mas pode chegar a 38 °C em alguns meses. As chuvas se concentram entre dezembro e junho, com ênfase nos meses de janeiro a março. A proximidade com a Amazônia faz com que o índice pluviométrico de Belém seja expressivo, com cerca de 3000 mm anuais.
O bioma amazônico prevalece no município, com árvores de médio e alto porte, além de grande biodiversidade. Contudo, outras vegetações são encontradas em Belém, como manguezais e florestas de várzea, comuns em áreas inundadas e nas ilhas belenenses.
Mapa de Belém
História de Belém
A chegada de portugueses ao Nordeste do Brasil levantou a ambição de europeus em áreas afastadas de Salvador, sendo uma delas a atual capital paraense, no Norte. Dada a localidade estratégica de Belém, a cidade foi alvo de incursões estrangeiras nos séculos XV e XVI, como de ingleses, holandeses e franceses. Contudo, antes da chegada europeia, povos indígenas da Amazônia, como os tupinambás, já habitavam a região.
Muitos alegam que a história de Belém começa com São Luís, capital do Maranhão, pois foi a partir dela que o governo português planejou expandir os domínios lusitanos rumo à Amazônia. Devido à ambição estrangeira, os portugueses decidiram construir uma fortificação que protegesse a Baía de Guajará, considerada entrada da Floresta Amazônica.
Em dezembro de 1615, Francisco Caldeira Castelo Branco partiu de São Luís com a missão de construir uma nova cidade. Como deixou o Maranhão na época de Natal, ele decidiu que a nova cidade se chamaria Belém. A partir daí, em 12 de janeiro de 1616, foi erguido o Forte Castelo, em uma área de dominação estratégica na região da Amazônia.
No século seguinte, Belém adquiriu grande contingente populacional e expansão urbana. Ainda hoje, no bairro Cidade Velha, há construções datadas do século XVI, verdadeiras relíquias históricas e culturais. Já no século XVIII, com a nomeação do Marquês de Pombal para governar o Estado do Maranhão e Grão-Pará, Belém se tornou uma das principais cidades da região, sendo escolhida como capital em 1774.
O ciclo da borracha, no século XIX, intensificou a economia belenense, atraindo levas consideráveis de migrantes de várias regiões do Brasil e de outras partes do mundo. Esse ciclo perdurou até meados do início do século XX, momento em que a cidade passou por transformações urbanísticas e arquitetônicas.
Apesar de a economia de Belém ter sofrido um leve declínio com o fim da exploração do látex, durante o século passado várias obras verticais e de infraestrutura mantiveram a cidade como importante polo econômico regional, permanecendo assim até os dias atuais.
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Economia de Belém
A economia belenense é a mais forte do Pará, representando cerca de 15% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado. O destaque fica por conta do setor terciário (cerca de 67% do PIB municipal), com atividades referentes ao comércio, serviços e turismo, em especial o ecoturismo. Devido à presença do bioma amazônico, esta última atividade é bastante requisitada pelos viajantes que visitam Belém; além do Círio de Nazaré, tradicional festa religiosa regional que movimenta milhões de pessoas entre os meses de agosto e outubro.
As atividades industriais respondem por cerca de 15% do PIB municipal. As principais indústrias da cidade são dos ramos alimentício, metalúrgico, químico e naval. Na região da Amazônia, o maior polo industrial está na Zona Franca de Manaus (ZFM), no estado do Amazonas. Já o segundo maior polo está localizado no Pará, na capital em consonância com a cidade de Barcarena, município vizinho de Belém.
O extrativismo vegetal é intenso na cidade, com destaque para a extração de madeira e do açaí, fruto típico do estado, bastante apreciado pela maioria dos paraenses. Ademais, a castanha-do-pará é outro elemento que contribui positivamente para a economia local de Belém, sendo exportado para outros estados brasileiros e até para outros países.
Demografia de Belém
Com pouco mais de 1,5 milhão de habitantes, segundo estimativas do IBGE de 2021, Belém é a cidade mais populosa do Pará e a 11ª dentre as cidades brasileiras. É densamente povoada, com 1.315,26 hab/km², de acordo com o mesmo órgão.
Belém possui boa qualidade de vida, algo demonstrado no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de 2010, que era de 0,746, número considerado alto. Além disso, a cidade possui expressivo índice de urbanização. Mais de 99% dos habitantes de Belém moram na zona urbana, porcentagem acima da média nacional, que é de 84%.
Governo de Belém
O governo belenense é representado pelo prefeito do município, chefe do Executivo municipal, eleito por votações periódicas realizadas de quatro em quatro anos. A sede do governo da cidade encontra-se na Praça D. Pedro II. Belém também abriga a sede do governo estadual, localizada no Palácio Lauro Sodré, ou Palácio Azul.
Além do prefeito, 35 vereadores eleitos periodicamente também participam do comando executivo municipal, com o objetivo de fiscalizar o trabalho da prefeitura.
Infraestrutura de Belém
Por se tratar da cidade mais importante do Pará, Belém possui boa infraestrutura para seus habitantes. Dois aeroportos movimentam o transporte aéreo da cidade: o Aeroporto de Belém/Brigadeiro Protásio de Oliveira e o Aeroporto Internacional/Val-de-Cans/Júlio Cezar Ribeiro, sendo este último o mais importante, pois possui conexões nacionais e internacionais.
Belém é uma cidade estuarina, localizada em uma área em que rios e oceano se encontram. Com isso, a presença do Porto de Belém é essencial no escoamento da produção regional. Esse porto atende a capital paraense e quase todas as cidades do estado, bem como áreas do norte goiano e do sudoeste do Maranhão. Os principais produtos exportados pelo porto são bauxita, castanhas em geral, madeira, borracha e minério de ferro.
Apesar dos avanços estruturais e logísticos, Belém possui inúmeros problemas urbanos. Em 2010, conforme dados do IBGE, cerca de apenas 68% das residências possuíam esgotamento sanitário adequado. Além disso, a cidade encontra-se em uma área de elevados índices pluviométricos e fica próxima de muitos rios, riachos e córregos, o que gera inundações, alagamentos e enchentes durante o período chuvoso.
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Divisão geográfica de Belém
Belém possui 71 bairros, que se subdividem em oito regiões administrativas, nomeadas zonas e/ou distritos administrativos. Essa divisão facilita o planejamento urbano, a distribuição de recursos financeiros, bem como o mapeamento da cidade e a melhora das políticas públicas municipais.
Os oito Distritos Administrativos (DA), em ordem alfabética, são:
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Belém (DABEL);
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Benguí (DABEN);
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Entroncamento (DAENT);
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Guamá (DAGUA);
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Icoaraci (DAICO);
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Mosquiteiro (DAMOS);
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Outeiro (DAOUT);
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Sacramenta (DASAC).
Cultura de Belém
A diversidade marca a cultura belenense. A junção de aspectos indígenas, portugueses e africanos molda a cultura de forma rica e admirável, além da influência exercida por imigrantes que desembarcaram na cidade ao fim do século XIX e início do século passado.
A religiosidade é festejada em Belém com o Círio de Nazaré, celebração que ocorre entre os meses de agosto e outubro, com procissões, missas e outros eventos similares. A festa é uma homenagem a Nossa Senhora de Nazaré e acontece em outras cidades nortistas, como Macapá (Amapá) e Rio Branco (Acre).
Há inúmeras construções que fomentam a cultura e o turismo local, como o Mercado-Ver-o-Peso, o Theatro da Paz e o Museu Emílio Goeldi. Na culinária, pratos locais como o tacacá, a maniçoba e o tucupi são verdadeiras atrações gastronômicas.
Belém possui um estilo musical singular, com ritmos dançantes que contagiam os ouvidos, como o brega, o carimbó e o calipso. Este último rendeu à indústria da música nomes de bandas que se destacaram no cenário nacional, como a Banda Calypso e Companhia do Calypso, ambas de Belém.
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