A Astenosfera é a camada da Terra formada pela região superior do manto, apresentando um aspecto mais fluido e pastoso, com um magma que se encontra em constante movimento. É a camada terrestre que se encontra logo abaixo da litosfera e, por isso, atua e interfere diretamente na sua dinâmica. Sua profundidade varia entre 100 km e 400 km e sua composição básica são os silicatos de ferro e de magnésio.
A palavra “astenosfera” vem de sthenos (frágil) e sfera (camada), recebendo essa denominação pelo fato de as ondas sísmicas que ocorrem na litosfera diminuírem sua força e propagação ao longo dessa camada, o que denota o seu aspecto mais fluido e menos sólido.
Como já frisamos, a astenosfera encontra-se em constante movimento. Esse movimento é um dos principais responsáveis pelo caráter dinâmico da superfície terrestre e manifesta-se a partir das chamadas correntes de convecção.
Para compreender como elas funcionam, observe uma panela com água fervendo. É possível notar que a água, à medida que vai se aquecendo, vai se movimentando e, em alguns momentos, realiza alguns deslocamentos circulares e cíclicos. São esses movimentos que acontecem no manto e que denominamos por correntes ou células de convecção.
Essas correntes são muito importantes, pois são elas as responsáveis pelos movimentos característicos das placas tectônicas, uma vez que elas atuam como uma forma endógena que “empurra” a crosta terrestre, conforme podemos observar no esquema a seguir.
Esquema demonstrando a relação entre as células de convecção e as placas tectônicas*
Em razão da pressão que o magma exerce sobre a litosfera, eventualmente podem ocorrer alguns fenômenos relacionados a essa dinâmica, como os terremotos e os vulcanismos, além dos movimentos das placas tectônicas já aqui mencionados.
Ao compreendermos melhor a estrutura interna da Terra, podemos observar o quanto ela é dinâmica, além de percebermos que todo o seu sistema está, de algum modo, interligado.
* Fonte da imagem: Surachit e Wikimedia Commons.