As áreas verdes urbanas surgiram na forma de jardins, cuja função era dar prazer ao olfato e à visão; eram relacionadas ao paisagismo em si. Os pioneiros dessa prática foram os egípcios e os chineses, há milhares de anos.
As áreas verdes passaram a cumprir uma função social somente no século XIX, época quando começou a haver o crescimento demográfico das cidades, em decorrência da I Revolução Industrial. Isso ocorreu primeiramente na Inglaterra. Os ingleses entendiam a natureza como um espaço aberto, ilimitado, ao qual o homem deveria se submeter. Isso fez com que eles fossem pioneiros na idealização e na criação dos primeiros parques verdes públicos como hoje os conhecemos. Dentre as modalidades existentes de áreas verdes urbanas, têm-se principalmente os parques urbanos e os jardins botânicos.
No Brasil, o surgimento de áreas verdes urbanas remonta à metade do século XVII, em Pernambuco, por obra do Príncipe Maurício de Nassau, com a criação do Jardim Botânico de Recife. A função do Jardim Botânico foi somente fazer parte de uma obra de paisagismo.
Nas últimas décadas, com um processo intenso de urbanização e com os problemas ambientais criados por ela, a concepção a respeito de áreas verdes também veio se alterando. Houve uma eclosão de políticas públicas em direção à construção de áreas verdes nos centros urbanos de todo o país, irradiadas por um discurso ambiental.
O meio ambiente urbano paulatinamente se tornou um ambiente artificial. Em alguns casos, houve a criação de simulacros da natureza, pois no surgimento da maioria das cidades brasileiras não houve uma relação harmônica entre o ambiente urbano e o meio natural.
As áreas verdes nos centros urbanos cumprem três funções básicas: a ecológica, a econômica e a social. Ecológica no sentido de proporcionar conforto térmico em meio ao deserto urbano da cidade e abrigar espécies da fauna e da flora. A social refere-se ao fato de esses espaços tornarem-se locais para o ócio e o tempo livre. Permeando esses dois aspectos, tem-se a função econômica, representada principalmente pelas atividades turísticas e por ser um fator de valorização imobiliária de áreas adjacentes.