A Aids é a quarta principal causa de morte por doença do planeta, ficando atrás apenas de ataque cardíaco, derrame e pneumonia. É uma doença que está presente nos mais diversos continentes do globo, no entanto, a África é o continente mais castigado por ela.
A aids é o principal fator de mortalidade na África. A dimensão da epidemia é tão grande que interfere nas projeções demográficas do continente. Nos 38 países mais afetados, a população em 2015 deverá ser 10% menor do que seria na ausência da enfermidade.
A expectativa de vida da população africana também sofre interferência em razão da disseminação da doença. Em países como Botsuana, Suazilândia, Lesoto e Zimbábue, a população vive 28 anos a menos do que viveria sem a Aids. O principal obstáculo para a redução dos casos é a pobreza.
O alto custo dos medicamentos (coquetéis), os serviços públicos de baixa qualidade e a falta de orientações continuam fazendo dos africanos o povo mais vulnerável à Aids.
Os primeiros casos da doença na África foram detectados no início da década de 1980, e até 1990, cerca de 10 milhões de pessoas foram infectadas, ou seja, em uma década foram registrados 10 milhões de africanos acometidos pela doença. Desde então, os casos da doença no continente não cessaram, atualmente cerca de 45 milhões de africanos estão contaminados pelo vírus. Além disso, a doença já matou aproximadamente 23 milhões de pessoas e deixou 13 milhões órfãos.
Cerca de 1 em cada 3 adultos de Botsuana, Lesoto, Suazilândia e Zimbábue está infectado. Até 2020 os países africanos mais atingidos podem perder aproximadamente 25% da sua população em razão da doença.
Políticas mundiais devem ser desenvolvidas com o objetivo de minimizar a atuação dessa doença no continente africano, pois só com o auxilio dos países desenvolvidos haverá a redução de casos de Aids na África.