As formas de relevo, ao contrário do que se possa imaginar, não são estáticas, mas estão em contínuas e sucessivas transformações. Boa parte dessas transformações é causada por elementos externos, que se manifestam na superfície, os agentes externos ou exógenos de transformação do relevo, que também são conhecidos como agentes erosivos ou agentes intempéricos.
O principal elemento atuante entre esses fatores é a água, cuja ação geológica e geomorfológica é uma das mais perceptíveis quando observamos os processos que vão moldando e modificando as formas superficiais da natureza. Assim sendo, a ação da água sobre o relevo acarreta erosões, desgastes de rochas, sedimentações, formação de falésias, esculpimento de vales, entre inúmeros outros processos.
A ação geológica da água acontece com o desgaste, o transporte e a deposição de sedimentos, provocando a alteração de formas de relevo existentes e também contribuindo para a formação de novas estruturas, a exemplo das bacias sedimentares e outras.
A água das chuvas é um dos principais agentes de transformação do relevo e das rochas, pois o escoamento das águas, principalmente em áreas com elevada declividade, provoca a formação de erosões, sobretudo quando essa superfície em questão não está protegida pela vegetação. Assim, quanto mais intenso é esse escoamento, mais forte tendem a ser os impactos causados, com o transporte de uma grande carga de sedimentos para outras localidades.
Água transportando sedimentos
A água dos rios também atua modificando a morfologia local, principalmente causando a erosão de suas margens e, em áreas de planaltos, o aprofundamento de seus leitos. Vale lembrar que a geração de sedimentos, por sua vez, pode modificar o direcionamento das águas e fazer com que outras áreas sejam afetadas.
Da mesma forma, as águas oceânicas modificam também as formas de relevo litorâneo, atuando no desgaste das rochas, convertendo-as lentamente em areia e outros sedimentos, além de contribuir para originar novas paisagens, como as falésias e as restingas.
Observar a ação da água sobre a superfície terrestre é uma forma de melhor compreender a dinâmica com que o relevo se transforma, considerando, portanto, que as formas atuais da paisagem, em maior ou menor grau, podem ter sido constituídas por processos semelhantes aos que hoje visualizamos.