O chamado trânsito de Vênus ou trânsito de Mercúrio é o nome dado à passagem de um desses planetas na frente do Sol, o que gera uma pequena mancha escura na face da estrela. Esse fenômeno não pode ser observado para os demais planetas do Sistema Solar, pois eles possuem órbitas maiores que a da Terra.
No século XVII, os estudos de astronomia foram alavancados com o trabalho do importante astrônomo Johannes Kepler. Esse estudioso explicou esse fenômeno e mostrou que era possível prever a sua ocorrência. No ano de 1631, William Cabtree e Jeremiah Horrocks observaram pela primeira vez o trânsito de Vênus, que havia sido previsto por Kepler. Horrocks fez anotações importantes sobre o fenômeno, mas elas só foram publicadas em 1641.
→ Como observar esse fenômeno?
A observação do trânsito dos planetas pode ser direta, com ou sem o uso de telescópio, ou indireta, quando a imagem do Sol é projetada em uma tela. De qualquer forma, deve-se tomar os devidos cuidados na observação do Sol, pois existem riscos à saúde dos olhos. Para protegê-los, filtros e máscaras podem ser utilizados.
→ De quanto em quanto tempo ocorre esse fenômeno?
O trânsito de Mercúrio é o mais comum, pois esse planeta possui um período orbital de apenas 88 dias. Além disso, sua órbita alinha-se à órbita da Terra com mais frequência. Até o ano de 2098, ocorrerão 14 trânsitos de Mercúrio e 13 deles poderão ser vistos no Brasil.
O trânsito de Vênus é mais raro em razão do menos frequente alinhamento das órbitas de Vênus e da Terra. A última ocorrência foi em 2012 e a próxima será apenas em 2117.