Denominam-se supercondutores os materiais que transportam energia elétrica praticamente sem dispersão. Dizemos que a resistividade de um material condutor aumenta com a temperatura e, por conseguinte, há um aumento na sua resistência elétrica, causando uma diminuição na intensidade da corrente elétrica que circula através desse material. Assim, baixando-se a temperatura de alguns materiais condutores para próximo do zero absoluto, é possível obter resistividades praticamente nulas e, consequentemente, resistências elétricas também praticamente nulas.
Em outras palavras, os elétrons livres dessas substâncias, nessa situação, podem deslocar-se livremente através de sua rede cristalina. Esse fenômeno foi inicialmente observado em alguns metais, dentre eles o mercúrio, o cádmio, o estanho e o chumbo.
A temperatura na qual uma substância se torna supercondutora é denominada temperatura de transição. Essa temperatura varia de um material para outro. Para o mercúrio, por exemplo, ela é igual a 4K; enquanto para o chumbo, ela vale cerca de 7 K. Já foram sintetizadas cerâmicas supercondutoras a temperaturas bem elevadas, acima de 100 K. As cerâmicas supercondutoras foram descobertas no ano de 1986 e desde então elas são objetos de diversas pesquisas voltadas para a sua aplicação.
Algumas aplicações
Os materiais supercondutores possuem quatro vantagens sobre materiais condutores normais:
- conduzem eletricidade sem perda de energia;
- não produzem calor, o que implica na redução expressiva dos circuitos elétricos;
- grande habilidade em gerar campos magnéticos poderosos;
- podem ser usados para criar chaves supercondutoras.