Você já reparou naqueles redutores de velocidade, conhecidos como lombada eletrônica, espalhados pela sua cidade? Provavelmente observou que eles sempre marcam a velocidade na qual o veículo passou por ela. Mas você já se perguntou como é o seu funcionamento? Se a sua resposta é sim, sua curiosidade será satisfeita ao longo deste texto.
Vamos tratar de forma simplificada e clara o funcionamento desse equipamento que tanto ajuda a salvar vidas nas estradas, ruas e avenidas do país.
Mas, antes, precisamos rever alguns conceitos que são de grande importância para a compreensão do sensor de velocidade. Vamos relembrar os conceitos fundamentais para o estudo da cinemática, como distância percorrida, deslocamento total e velocidade.
Distância percorrida: é a medida algébrica do tamanho da trajetória percorrida por um móvel. Exemplo: se você sai de casa e se desloca até a sua escola, que fica a 500 metros de distância, e depois volta para sua casa, podemos dizer que sua distância percorrida foi igual a 1000 metros (500 metros de ida mais 500 metros de volta), ou seja, para conhecer a distância percorrida temos de somar os deslocamentos ocorridos da sua casa até a escola, e da escola até a sua casa.
Deslocamento Total: Para conhecermos o deslocamento total precisamos conhecer apenas suas posições final e inicial. Assim, chamando a posição final de S2, e a posição inicial de S1, temos que o deslocamento total será dado por ΔS = S2 – S1 - a letra grega “delta” (Δ) indica variação. Se voltarmos ao exemplo anterior: você foi até sua escola e voltou para casa, temos que seu deslocamento total foi igual a zero, embora os deslocamentos parciais sejam iguais a 500 metros na ida e 500 metros na volta. Quando não há mudança de sentido no movimento, a distância percorrida e o deslocamento total são iguais em módulo. Se considerarmos somente o seu movimento de ida para a escola, a sua distância percorrida terá módulo igual ao do seu deslocamento.
Velocidade escalar média: é a razão entre o deslocamento realizado por um móvel e o tempo necessário para realizá-lo.
Vm = ΔS/Δt
Agora que você relembrou um pouco de cinemática, podemos ver como se dá o funcionamento do sensor de velocidade.
O sensor de velocidade, em geral, possui os seguintes componentes: central de controle, câmera fotográfica e sensores. Neste texto chamaremos os sensores de: S1 e S2.
Os sensores são colocados no asfalto ocupando a pista em toda a sua largura, e a uma distância previamente estabelecida um do outro. Logo haverá uma distância entre S1 e S2. Ao passar pelo sensor, as rodas do veículo passam primeiro por S1 e depois por S2, a central de controle mede então o tempo gasto pelas rodas para ir de S1 a S2. Sabendo a distância entre os dois sensores e o tempo gasto para percorrê-la, a velocidade do veículo é calculada. Se ele estiver acima da velocidade permitida na via, um sinal é enviado para a câmera que irá fotografar a placa do veículo. Ao ser fotografada, o proprietário do veículo é identificado e uma multa é enviada.
Como você pôde perceber, são usados conceitos importantes de cinemática no funcionamento desse equipamento.