Quem nunca viu ou ouviu falar da “cama de faquir”? Pois é, ela consiste em uma cama cheia de pregos pontudos onde um homem se deita sem que os pregos o machuquem. Para a plateia, ele está resistindo à dor, embora, na verdade, não esteja sentindo quase nenhum desconforto.
Surpresa, a plateia fica sem entender como pode uma pessoa se deitar em cima de pregos e não ser perfurada por eles.
É graças à Física que o faquir deixa a plateia impressionada.
Quando estudamos Dinâmica, de um modo geral, estamos considerando forças que atuam em um ponto de um corpo.
Vamos considerar uma superfície de área A, sobre a qual estão aplicadas forças perpendiculares, como mostra a figura acima, seja F a força resultante dessas forças.
Podemos então definir a pressão (P) exercida por essa força sobre a superfície da seguinte maneira:
P = F
A
Onde: P – pressão, F – força resultante e A – área da superfície. No SI, a unidade de medida de pressão é o Newton por metro quadrado (N/m2), o qual foi chamado de pascal (Pa).
Quando pressionamos a ponta de um prego com a ponta de nosso dedo, estamos diminuindo a área de contato com o corpo. Senda a área pequena, a pressão tende a aumentar, provocando um furo no dedo.
Mas se tratando da cama de pregos, não temos um prego somente, mas vários pregos com pequenas áreas. Quando somamos as pequenas áreas de cada prego, conseguiremos uma área maior de contato; com isso, a pressão tende a diminuir. É exatamente o que acontece com o faquir, ele não sofre pressão em um único ponto, mas sim em todo o seu corpo.