A Missão Kepler tem por finalidade a descoberta de novos planetas que estejam orbitando outras estrelas fora de nosso Sistema Solar. Para isso, a sonda Kepler – nome escolhido em homenagem ao astrônomo Johannes Kepler, que deu importantíssimas contribuições à ciência no século XVII – foi lançada com a função de encontrar esses novos mundos.
A sonda seguirá uma trajetória que corresponde à órbita da Terra ao redor do Sol, pois, assim, nosso planeta nunca estará na frente da sonda, impedindo as observações.
Objetivos da Missão Kepler
- Determinar a abundância de planetas com características semelhantes às da Terra, que sejam maiores ou menores que nosso planeta e que estejam em uma zona habitável, ou seja, em uma distância de suas estrelas que permita a existência de água líquida;
- Estimar o número de planetas existentes em sistemas múltiplos de estrelas;
- Determinar o tamanho e a forma das órbitas desses planetas;
- Determinar as características básicas dos planetas, tais como massa, densidade, tamanho, temperatura etc.;
- Determinar as características das estrelas ao redor das quais esses planetas orbitam;
- Identificar outros membros presentes nos sistemas solares, enxames de galáxias, supernovas etc.
Método de detecção
A sonda Kepler possui um equipamento chamado de fotômetro que é capaz de medir a intensidade luminosa. Quando o possível planeta passar na frente de sua estrela, a intensidade luminosa diminuirá ligeiramente e, então, a observação terá início.
A sonda Kepler possui uma massa de aproximadamente 1 tonelada e detectores de luz de 2200 x 1024 pixel.
Resultados obtidos até agora pela missão Kepler
- Número de possíveis planetas detectados até agora: 4.302
- Número de corpos que realmente são planetas: 1.284
- Número de planetas rochosos semelhantes à Terra: 550
- Número de planetas que estão na zona habitável: 9
Ilustração da Terra e o planeta Kepler-452b.
Em 2015, o planeta Kepler-452b foi descoberto. Esse astro está a 1400 anos-luz da Terra, possui uma massa 60% maior que a da Terra e está em uma zona habitável, isto é, em uma região que permite ao planeta possuir água no estado líquido.