Os materiais ferromagnéticos são os que possuem um número muito grande de pequenos grãos chamados de domínios e são compostos por um grande número de átomos. Assim, dizemos que os domínios são áreas microscópicas do material.
Os campos magnéticos dos átomos são alinhados espontaneamente somente no interior das microáreas chamadas domínios. Os domínios próximos são orientados de forma diferenciada, resultando assim em uma magnetização microscópica praticamente nula. Por esse motivo é que o ferro não é um ímã no seu estado natural.
Mas caso coloquemos um pedaço de ferro dentro de um campo magnético, veremos que os domínios constituintes do ferro tomarão uma nova orientação, isto é, seus campos magnéticos ficarão ordenados, tornando-o magnetizado.
Ao analisarmos certo material e verificarmos que ele possui domínios magnéticos, esse material poderá se tornar um ímã permanente. Para que tal fato ocorra é necessário aplicarmos um campo magnético externo de modo que os campos magnéticos dos domínios se organizem apontando para uma mesma direção e também para um mesmo sentido, como mostra a figura abaixo.
Domínios magnéticos ordenados
Essa nova orientação pode ser mantida por um longo período (ímã permanente), ou pode ser perdida rapidamente bastando apenas cessar o campo magnético externo. A facilidade com que um ímã se mantém permanente depende do material, da forma do corpo e do que aconteceu com o material no passado. Em geral, quanto mais facilmente se modifica o tamanho dos domínios, mais facilmente eles se desorganizam.
Os materiais que mantêm a magnetização por um longo tempo são chamados de materiais magnéticos duros e os materiais que mantêm a magnetização por tempo curto são chamados de materiais magnéticos moles.