Sabemos que quando um corpo C desliza sobre a superfície S de outro corpo, esse atrito é denominado cinético (ou dinâmico). Inúmeras experiências levaram a algumas conclusões sobre a força de atrito:
1º - Quando C e S estão “secos”, a força de atrito depende dos materiais dos quais eles são feitos e de seu estado de polimento. Se for usado um lubrificante entre os corpos, a força de atrito dependerá mais do lubrificante do que dos materiais dos quais são feitos os corpos.
2º - A força de atrito é aproximadamente independente da velocidade do corpo C em relação à superfície S. Na realidade, há uma pequena diminuição na intensidade da força de atrito quando a velocidade fica “muito grande”, mas desprezamos essa variação em exercícios.
3º - A força de atrito não depende da área da região de contato entre os corpos.
4º - A intensidade da força de atrito () é proporcional à intensidade da força normal () entre os corpos em contato, isto é:
A constante de proporcionalidade é denominada coeficiente de atrito cinético (ou dinâmico). De acordo com a primeira conclusão, acima, fica claro que o valor de depende dos materiais em contato. A partir da quarta conclusão percebemos que:
Isto é, o coeficiente de atrito é dado pelo quociente de duas grandezas da mesma espécie, ou seja, de duas forças e, portanto, não tem unidade de medida, sendo denominado uma grandeza adimensional. Assim sendo, podemos dizer também que o coeficiente de atrito depende diretamente da força normal.