No estudo da Óptica nos deparamos com diversas situações fenomenais que tendem a nos deixar mais interessados pelo assunto. Por exemplo, quando olhamos para o céu em um dia chuvoso podemos ver o fenômeno do arco-íris; e quando estamos do lado de fora de uma piscina temos a impressão de que ela é de pouca profundidade. Outro exemplo que podemos mencionar é quando colocamos um lápis dentro de um copo transparente cheio de água: nesse caso veremos o lápis como se estivesse quebrado.
Todos os exemplos mencionados acima estão ligados ao fenômeno de refração, estudado pela Óptica. A refração nada mais é do que o nome que damos ao fenômeno que acontece quando a luz, ao passar de um meio para outro, sofre variação em sua velocidade de propagação. É certo que quase sempre a refração da luz acontece acompanhada por um desvio na propagação da luz.
Voltemos ao exemplo da piscina. Quando mencionamos o meio externo da piscina e o meio interno (água) estávamos nos referindo ao conjunto formado por dois meios transparentes. A interface entre esses dois meios, no estudo da Óptica, é denominada dioptro. A forma de separação entre os meios dá a característica do dioptro, portanto podemos ter dioptro plano, cilíndrico e esférico.
Lâmina de faces paralelas
Suponha que você tenha uma placa de vidro espessa e que sobre ela incida um raio de luz. Como sabemos, quando a luz passa de um meio de propagação para outro ela sofre refração. Nesse caso, como a placa é espessa, a luz sofrerá uma refração ao passar do meio ar/vidro e outra refração quando passar do meio vidro/ar. Sendo assim, podemos concluir que nesse tipo de material ocorrem duas refrações.
A placa de vidro é denominada lâmina de faces paralelas e corresponde a todo corpo relativamente pouco espesso, formado de material transparente, possuidor de duas faces paralelas. Sendo assim, também podemos dizer que a lâmina de faces paralelas é constituída por dois dioptros planos.
Suponha que na figura abaixo haja uma lâmina paralela de vidro e que ela se encontre imersa no ar. O raio incide sobre a primeira e sofre refração se desviando certo ângulo. Em seguida, o raio incide sobre a segunda superfície sofrendo novamente uma refração. Podemos ver, pela figura, que o raio incidente e o raio de luz emergente são paralelos entre si. Isso ocorre pelo fato de as refrações promoverem variações opostas.