Vamos começar recordando o conceito de condutor elétrico. Como já sabemos, todo corpo metálico é um condutor elétrico. Nele, cargas elétricas podem se movimentar com facilidade. Durante a eletrização de um corpo condutor, as cargas elétricas apresentam um movimento ordenado que dura pouco tempo. Cessando esse movimento, dizemos que o corpo atingiu o equilíbrio eletrostático.
Dessa forma, podemos dizer que no interior de um condutor eletrostático, seja ele maciço ou oco, o campo elétrico é sempre nulo, já o potencial elétrico é constante e diferente de zero. Vejamos abaixo dois exemplos:
Primeiro exemplo
Vamos supor que temos um condutor metálico oco, como mostra a figura abaixo. Internamente, nesse condutor, têm-se vários detectores de carga elétrica, como: pêndulo duplo, pêndulo simples e um eletroscópio. Eletrizamos o condutor e esperamos algum tempo, observando a reação dos detectores de carga no seu interior. Com o passar do tempo veremos que nenhum deles se manifesta. Veja a figura abaixo:
Segundo exemplo
Vamos usar o mesmo condutor oco do exemplo acima, com os mesmos detectores de carga em seu interior. Esse experimento tem por finalidade verificar o que acontece com os detectores de carga em seu interior. Aproximamos de A outro corpo eletrizado, B, que será o indutor. Imediatamente observamos a indução na superfície externa de A e o deslocamento das cargas elétricas, como mostra a figura abaixo. No entanto, os detectores de carga no interior de A não se manifestam, o que demonstra que o campo interno permanece nulo. Consequentemente, permanece constante o potencial interno.
Dizemos que a carcaça metálica de A protegeu os instrumentos no seu interior, funcionando como uma espécie de escudo protetor, ou seja, como uma blindagem eletrostática.