Ao estudarmos as forças eletromotrizes induzidas nos fios condutores, vimos que as correntes induzidas têm trajetórias bem definidas: os próprios fios. Há situações em que o fio condutor é uma peça com tamanho maior que um fio. Como consequência do seu tamanho, as correntes induzidas não apresentarão trajetórias definidas. A essas correntes damos o nome de correntes de Foucault, em homenagem ao cientista francês Léon Foucault.
Geralmente, as correntes formam trajetórias fechadas, como na figura abaixo. Dessa forma, podemos chamá-las de correntes em redemoinho.
No interior de um motor elétrico, por exemplo, as correntes de Foucault são, de certa forma, indesejáveis; tanto pelo fato de dissiparem energia através do aquecimento, como pelo fato de elas mesmas criarem um fluxo magnético. Nesses casos chamamos essas correntes indesejáveis de correntes parasitas.
Com a intenção de reduzir os efeitos dessas correntes, as peças são fabricadas em forma de lâminas finas colocadas paralelamente com um isolamento de óxido de ferro ou verniz entre elas. Veja a figura abaixo:
Há casos em que as correntes de Foucault são bem aproveitadas. Por exemplo, como elas produzem calor, são utilizadas para fundir peças metálicas nos fornos de indução, os quais são formados por uma bobina percorrida por uma corrente alternada.
Essas correntes são aproveitadas também como freios magnéticos, por exemplo, nos amperímetros e multímetros.
Nesses equipamentos, os ponteiros são colocados em um pequeno disco de metal que por sua vez fica disposto entre os polos de um ímã. Dessa forma, ao movimentar o ponteiro, o disco também se movimenta gerando correntes de Foucault com sentido contrário ao movimento frenando o ponteiro.