Você está estudando para o Enem? Uma dúvida comum de quem está se preparando para esse exame é: quais temas de filosofia mais caem no Enem? Neste texto, falaremos sobre eles pensando sempre na sua relevância e recorrência. Há uma grande chance da repetição de alguns temas que já caíram muitas vezes. Prepare seu caderno e suas canetas e leia o restante do nosso texto para pegar dicas sobre o que mais cai na prova de filosofia do Enem.
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Diferentes pontos de seleção
Selecionar os temas é também um problema, pois, nesse sentido, podemos fazer dois tipos de recortes:
- recorte temático: que priorize grandes temas da filosofia;
- recorte histórico: que selecione as questões com base em períodos da história da filosofia e de filósofos inseridos nesses períodos.
Vejam, a seguir, o desenvolvimentos dessas duas abordagens.
Recorte temático
- Ética e justiça: um dos temas mais recorrentes no Enem, a ética e os problemas relacionados à justiça podem remeter à filosofia de autores como:
- Sócrates
- Platão
- Aristóteles
- liberais modernos
- autores contemporâneos
- Democracia e cidadania: tema da filosofia política muito próximo da ética, diz respeito às discussões sobre a democracia e a cidadania no mundo. Essas discussões também podem incluir filósofos antigos que discutem as raízes da democracia, como Sócrates e Platão, bem como filósofos modernos (do contexto do liberalismo político e do iluminismo) e da Contemporaneidade, como Jürgen Habermas, que fala sobre a democracia na atualidade.
- Conhecimento: também é um tema amplo. Temos, desde a Antiguidade, filósofos, como Platão e Aristóteles, que falam sobre a teoria do conhecimento. Para eles, existiam diferentes graus de conhecimento que eram acessados pelo corpo e pelo raciocínio. Na Modernidade, essa discussão foi abordada por empiristas (que defendiam que o conhecimento advém da experiência prática e sensível) e racionalistas (que defendiam que qualquer conhecimento seguro advém do raciocínio).
Recorte histórico
- Racionalismo moderno: os racionalistas defendem que o conhecimento advém apenas da capacidade racional, sem qualquer influência empírica ou prática. Essa noção moveu a filosofia racionalista de pensadores como os francês René Descartes e contrariou a teoria do conhecimento empirista.
- Filosofia contemporânea: esse recorte da história da filosofia compreende o pensamento de filósofos desde a segunda metade do século XIX até os dias atuais. Podemos incluir dentro da Contemporaneidade:
- Marx e os marxistas
- a Escola de Frankfurt
- os pós-estruturalistas, como Foucault
- o pessoal da Ética do Discurso, como Habermas.
Independentemente da vertente, é necessário atentar-se à filosofia contemporânea se você está se preparando para o Enem.
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- Sofistas, Sócrates e Platão: um dos períodos que mais pesam na história da filosofia é a Grécia Clássica. Os principais nomes desse período são Sócrates, Platão e os inimigos intelectuais de Sócrates, os sofistas. Os sofistas defendiam que o conhecimento é relativo e depende do modo como a pessoa expressa-se. Platão e Sócrates defendem o conhecimento como algo que é estático e racionalmente estabelecido, sem a interferência da experiência prática.
- Aristóteles e helenistas: um dos temas mais recorrentes nas questões de filosofia do Enem diz respeito à filosofia sistemática de Aristóteles e à filosofia helenística, de escolas como:
- o ceticismo
- o epicurismo
- o estoicismo
- o cinismo
Aristóteles renovou o modo de conceber-se o conhecimento, enquanto os helenistas pensaram em um novo modo de entender o mundo que se distanciava da ideia grega de democracia. A democracia não era mais um problema. O novo problema era: como o conhecimento interfere na vida individual?
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- Filosofia medieval: dividida entre filosofia patrística e filosofia escolástica, a produção de pensamento filosófico durante a Idade Média esteve ligada à Igreja Católica. Todo o pensamento intelectual e racional esteve submetido ao pensamento religioso.
- Renascimento: o renascimento ou renascentismo foi um importante período para a história ocidental e para a produção de conhecimento. Os pensadores renascentistas, como Leonardo da Vinci e Maquiavel, buscaram estabelecer um novo tipo de pensamento que rompesse com a tradição essencialmente católica da Idade Média e voltasse à tradição greco-romana.
- Idealismo alemão e Kant: buscando uma saída pelo problema do conhecimento deixado pelos racionalistas e pelos empiristas, Kant e os idealistas alemães tentaram resolvê-lo com uma espécie de revisão crítica da teoria do conhecimento.
- Escola de Frankfurt: Adorno, Horkheimer e Marcuse são nomes da primeira geração da Escola de Frankfurt. Além deles, temos Habermas, um teórico da segunda geração e que aparece constantemente nas questões de filosofia do Enem. Os frankfurtianos são pensadores com inspiração marxista e freudiana, que buscam uma nova explicação para entender os dias atuais.