A geografia cobrada nos exames nacionais, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), é bastante interdisciplinar e atual. Isso faz com que o candidato precise ter um conhecimento formulado com muito preparo e dedicação, pois os assuntos do campo geográfico estarão interligados com outras disciplinas e com fatos atuais. Geralmente, essa prova específica costuma fazer ligações de um tema com outro, como a análise de impactos ambientais e suas interferências na ordem econômica, ou as mudanças climáticas e os problemas sociais urbanos.
Nos anos anteriores, o Enem trouxe temas que estavam em voga nos noticiários e debates internacionais e nacionais, como:
- questões ambientais
- globalização
- mudanças e características climáticas
- cartografia e interpretação de mapas
- urbanização
- indústrias
- aspectos rurais (agricultura, pecuária, agronegócio)
Observem que tais assuntos podem ter conexões uns com os outros, mostrando a interdisciplinaridade da prova e a alta exigência sobre os candidatos. Para isso, preparamos seis dicas que te ajudarão a construir esse conhecimento desde o início do seu preparo até a data da prova.
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1. Jornais
Os jornais (impressos, virtuais ou televisionados) são ótimas fontes de saber geográfico, pois trazem fatos distantes e locais, interligando nações e trazendo à tona realidades diferentes das nossas, o que desperta a curiosidade de pessoas ávidas por saber. Com isso, ao depararmo-nos com uma notícia que não entendemos, o caminho natural é a pesquisa e leitura, tornando o estudo algo habitual e prazeroso.
A dica é: veja, leia e/ou acesse os jornais, pois com eles você se manterá informado(a) e saberá debater assuntos da atualidade, um tema bastante cobrado em provas tradicionais do país. Na internet há muitos sites específicos de jornalismo, além de canais fechados voltados exclusivamente para as notícias, intercalando a programação com documentários e programas críticos. Quando usamos esses canais de informação, é natural que a geopolítica e a globalização comecem a fazer sentido, dois dos assuntos do Enem.
2. Resolução de exercícios
Aquele ditado que diz “a prática leva à perfeição” aplica-se ao estudo de geografia. Não deixe seus estudos apenas no campo teórico da sala de aula. Resolva exercícios dos mais variados temas, pois, com isso, você terá familiaridade com assuntos diversos. Essa diversidade é importante, pois é impossível saber, com precisão, quais temas serão cobrados nas provas.
Ao resolver exercícios, você acostuma seu cérebro com o raciocínio geográfico, o que fará você ganhar tempo durante a prova em relação ao candidato que não seguiu essa dica.
3. Prova antigas
Essa dica vai ao encontro da dica anterior. Para resolver exercícios, busque provas anteriores dos vestibulares que você prestará. Geralmente, as instituições deixam as provas disponíveis para download em seus sites, ficando fáceis de serem encontradas no mundo virtual. Isso te mostrará como a prova aborda o conteúdo e quais os assuntos mais encontrados nela, dando a você um norte sobre o que estudar. Essa dica aplica-se a uma possível previsão da próxima prova e também a quais temas você deve focar-se mais ou menos.
Quando você busca pelas provas antigas, duas ações estão sendo feitas: a pesquisa e a curiosidade, armas essenciais na geografia e que contribuem significativamente para o entendimento da realidade.
4. Use o mundo virtual
A internet está cheia de ferramentas poderosas para auxiliar na busca pelo conhecimento. Sites, canais no YouTube, blogs, downloads de livros e lista de exercícios em PDF são algumas dessas inúmeras ferramentas disponíveis.
Como sugestão, segue a dica do site Brasil Escola, que conta com uma gama de videoaulas e podcasts (áudios que podem ser ouvidos a qualquer hora sobre variados assuntos).
5. Leitura
Nas ciências humanas, o hábito da leitura é primordial para a compreensão dos assuntos abordados, e com a geografia não é diferente. O hábito de ler eleva seu raciocínio e sua capacidade de entendimento, interpretação e debate. A geografia é uma ciência que analisa as ações humanas sobre o espaço geográfico de forma contundente, propondo soluções plausíveis para os problemas que surgem.
No entanto, essas soluções só estão disponíveis para aqueles que conseguem entender geografia, o que é impossível sem uma leitura rica e consistente. Como sugestão, utilize a dicas 1 e 4 para começar suas leituras acerca do mundo geográfico, depois vá para leituras mais aprofundadas sobre algum assunto específico, algo que dependerá do seu ritmo de estudo. Caso encontre dificuldade na procura, não deixe de ler, não deixe de pesquisar e pôr em prática o(a) geógrafo(a) que existe em você com curiosidade e persistência.
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6. Senso crítico
Para finalizar, esta dica é extremamente valiosa, pois ela corrobora com todas as anteriores. O mundo está em constante transformação, principalmente com o advento de tecnologia que nos permite comunicação instantânea e de fácil acesso. Com isso, somos bombardeados de informações a todo instante, diariamente. Contudo, nem todas essas informações são verdadeiras e nem todas essas informações são pertinentes ao nosso cotidiano.
Essa velocidade exige de nós renovação de argumentos, em que ideias antigas reformulam-se, dando lugar às novas em um período muito curto. Assim, a reflexão crítica está presente no campo geográfico para distinguirmos o que é veracidade e o que é invenção.
As soluções propostas pelo conhecimento geográfico não são simples, o que exige criticidade por parte de quem quer entender (e aprender) geografia. Para aguçar seu senso crítico, siga as dicas anteriores durante sua rotina que isso acontecerá de forma natural.
Na reta final de seus estudos, aprofunde a dica número 2, pois assim você terá um diagnóstico para saber o quão está preparado(a) para o exame. É nesse momento de reta final em que percebemos nosso conhecimento a fim de melhorarmos nosso desempenho.
A história mostrou-nos que a curiosidade dos povos fê-los alcançar invenções e inovações incríveis, que facilitaram a vida em sociedade. Algumas dessas inovações foram essenciais para o desenvolvimento de tecnologias e rupturas de paradigmas, opressões e demais mazelas provocadas por processos violentos. Assim é o conhecimento geográfico, curioso e decisivo para as sociedades que o sabem usar. Use-o você também.