O termo vitamina deriva das palavras vital e amina e foi criado por Casimir Funk, em 1912, após ter isolado a vitamina B1 do arroz. Atualmente, esse termo é usado para definir moléculas orgânicas que atuam como catalisadores (substâncias que aumentam a velocidade das reações) em nosso corpo.
Costuma-se classificar as vitaminas em lipossolúveis e hidrossolúveis. As vitaminas solúveis em gordura (lipossolúveis) são a A, D, E e K e acumulam-se na gordura do organismo e no fígado. As vitaminas solúveis em água são as vitaminas C e B, as quais são armazenadas no figado e são absorvidas e excretadas de maneira mais rápida.
→ Vitamina A
A vitamina A, também chamada de retinol, relaciona-se com diversas atividades do organismo, tais como visão, crescimento, manutenção da integridade celular epitelial e regulação do sistema imunológico, além de sua participação na defesa antioxidante. Trata-se de um grupo formado por retinol, retinaldeído, ácido retinoico e carotenoides que atuam como precursores do retinol.
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Onde a vitamina A é encontrada?
A vitamina A é encontrada, na forma de retinol, em alimentos de origem animal e, na forma de carotenoides, em vegetais folhosos de coloração verde-escura e em frutos com tons que variam do amarelo ao vermelho. Como exemplo de alimentos ricos em vitamina A, podemos citar o bife de fígado, cenoura, manga, espinafre, couve e beterrabas.
Após ser ingerida, a vitamina A é absorvida no intestino delgado com a ajuda de gorduras, sais biliares e enterases pancreáticas. Após ser absorvida, a maior parte dessa vitamina (cerca de 90%) acumula-se no fígado. Além do fígado, a vitamina A pode acumular-se nos olhos e nos pulmões.
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Qual é a quantidade recomendada de vitamina A?
A quantidade de vitamina A que deve ser ingerida diariamente depende da idade e da condição de cada pessoa. Veja a seguir as recomendações da Organização Mundial de Saúde para cada grupo em equivalente de retinol (unidade universalmente aceita para determinar a quantidade dessa vitamina):
- Criança de 0-6 meses: 400 μg
- Criança de 1-3 anos: 300 μg
- Meninas de 9-13 anos: 600 μg
- Meninos de 9-13 anos: 600 μg
- Mulheres de 14-70 anos: 700 μg
- Homens de 14-70 anos: 900 μg
- Mulheres grávidas acima dos 19 anos: 770 μg
- Lactantes acima dos 19 anos: 1300 μg
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Deficiência de vitamina A
A deficiência de vitamina A provoca alguns sinais e sintomas importantes, tais como cegueira noturna, xeroftalmia (“olho seco”), alterações no crescimento, queratinização de células epiteliais e diminuição da atividade realizada por células do sistema imune. Essa deficiência pode ocorrer em pessoas desnutridas e em indivíduos que fazem baixa ingestão de gorduras e apresentam síndromes disabsortivas (síndromes de má absorção). Estima-se que cerca de 250000 a 500000 crianças fiquem cegas anualmente em consequência da carência de vitamina A.
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O que o uso excessivo de vitamina A pode causar?
Apesar de a vitamina A ser extremamente importante, seu uso em grande quantidade pode trazer danos à saúde. Entre os principais problemas relacionados com o excesso de ingestão dessa vitamina, podemos citar náusea, vômito, icterícia (coloração amarelada na pele e mucosas), anorexia, visão turva, dores de cabeça, perda de cabelo, dores abdominais e musculares, sonolência e mudanças no estado mental.