Tipos de Fossilização

O processo de fossilização pode ocorrer de maneiras diferentes de acordo com o ambiente e as forças que atuarem após a morte do organismo.

As pegadas são vestígios da existência de um ser vivo
As pegadas são vestígios da existência de um ser vivo

Sabemos que fósseis são restos de seres vivos ou evidências de suas atividades que de alguma maneira ficaram preservados. O processo de fossilização é complexo e demorado, sendo resultado de processos físicos, químicos e biológicos. Os tipos de fossilização vão diferir de acordo com os fatores que atuarão no organismo após sua morte.

De maneira geral, podemos dividir os tipos de fossilização em restos e vestígios. Chamamos de restos quando alguma parte do organismo ficou preservada, e vestígios quando somente alguma marca da sua passagem ficou preservada.

Geralmente, quando falamos em restos, encontramos preservadas as partes mais duras de um ser vivo. As chamadas partes moles são mais difíceis de preservar, mas também podem ser encontradas. A dificuldade de fossilização de partes moles ocorre em virtude do rápido processo de decomposição. Podemos citar como exemplo de fossilização de partes moles os insetos que ficam presos em âmbar, uma resina secretada por alguns vegetais.

Outra maneira possível de fossilização de partes moles é o congelamento. Um mamute de 39 mil anos já foi encontrado na Sibéria em ótimo estado de conservação, apresentando inclusive pelos. Esse fóssil era de uma fêmea que recebeu o nome de Yuka.

A mumificação também permite a preservação de partes moles. Nesse processo, ocorre a desidratação dos organismos.

As partes duras, como dito anteriormente, são mais fáceis de preservar e, por isso, são os tipos de fósseis mais encontrados. Como exemplo de partes duras, podemos citar as conchas, carapaças, dentes e ossos. As partes duras podem ser preservadas de diversas maneiras, como incrustação, permineralização, recristalização, carbonificação e substituição.

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Na incrustação, as partes duras são recobertas por substâncias que se cristalizam sobre elas. Na permineralização, minerais preenchem as cavidades encontradas no material, os poros dos ossos, por exemplo. A recristalização consiste na mudança da estrutura cristalina do mineral que constitui a parte dura do organismo. A carbonificação, durante o processo de fossilização, gera a perda de elementos voláteis da matéria orgânica, restando apenas uma camada de carbono. Por fim, na substituição, a substância original é substituída por outra.

Os vestígios, assim como os restos, apresentam diversas formas de preservação. Os moldes constituem impressões de um organismo. Por exemplo, animais com concha podem ficar soterrados e, após um período, ocorrer a dissolução da concha. O que restará será apenas um molde. Além dos moldes, podemos citar outros vestígios de existência, como os coprólitos, que são as fezes fossilizadas; pegadas, marcas de dentes, túneis deixados por animais. Esses vestígios recebem o nome de icnofósseis.

No Brasil, é possível observar pegadas de dinossauros que viveram há mais ou menos 65 milhões de anos. Essa região é conhecida como “Vale dos Dinossauros” e é localizada no sertão da Paraíba.


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Por: Vanessa Sardinha dos Santos

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