A teoria endossimbiótica é utilizada para explicar a origem das mitocôndrias e cloroplastos nas células eucarióticas. Essa teoria foi proposta em 1981, por Lynn Margulis, em um livro chamado Symbiosis in Cell Evolytion.
→ O que diz a teoria endossimbiótica?
A teoria endossimbiótica afirma que mitocôndrias e cloroplastos são organelas que se originaram a partir da interação de um organismo procarionte com um organismo eucarionte. Essa interação provocou uma associação simbiótica estável, ou seja, uma interação em que todos os envolvidos são beneficiados com o processo.
Acredita-se que um organismo eucarionte englobou uma partícula procarionte autotrófica. A partir disso, eles iniciaram uma relação de cooperação, e um organismo passou a viver no interior do outro (endossimbiose). Com o tempo, essa relação tornou-se tão importante que os organismos não poderiam mais viver de forma isolada.
Provavelmente o organismo procarionte autotrófico beneficiou a célula hospedeira garantindo processos como a respiração celular, no caso da mitocôndria, e a fotossíntese, no caso dos cloroplastos. Já a célula hospedeira garantia proteção e nutrientes às novas organelas celulares.
→ Quais evidências sustentam essa teoria?
Muitas evidências sustentam a teoria de que os cloroplastos e mitocôndrias surgiram de uma interação endossimbiótica. Entre os principais pontos, podemos citar:
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A presença de uma dupla membrana envolvendo mitocôndrias e cloroplastos. Essa dupla membrana, provavelmente, é resultado da membrana que já pertencia ao organismo procarionte, somada à membrana do organismo eucarionte que realizou o processo de englobamento (fagocitose);
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Mitocôndrias e cloroplastos apresentam tamanhos semelhantes aos das bactérias;
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A presença de proteínas muito similares àquelas encontradas em procariontes;
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Cloroplastos e mitocôndrias possuem DNA próprio. Esse DNA difere-se daquele existente no núcleo celular e assemelha-se às moléculas de DNA encontradas em bactérias;
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Possuem capacidade de autoduplicação;
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Tanto mitocôndrias quanto cloroplastos apresentam ribossomos próprios.
Aproveite para conferir a nossa videoaula sobre o assunto: