Após a invenção do microscópio, o estudo dos seres vivos tornou-se mais completo com a possibilidade de análise a nível microscópio. Em 1665, quando Hooke lançou um livro sobre as células, um novo mundo surgiu para a Biologia, pois, começou-se o entendimento a respeito da composição do corpo dos seres vivos.
→ O surgimento da Teoria Celular
A célula foi descoberta por Rober Hooke ao analisar cortes de cortiça no microscópio. Ele verificou a presença de pequenos espaços, os quais ele chamou de célula, palavra derivada do latim cellula que significa pequeno compartimento. Esse nome foi escolhido porque o pesquisador observou apenas espaços vazios, uma vez que estava analisando células mortas e era possível visualizar apenas as paredes celulares.
Após as análises de Hooke, diversos trabalhos foram desenvolvidos com o intuito de entender melhor o funcionamento dessas estruturas. Em 1674, Antonie van Leeuwenhoek analisou algumas células e percebeu que elas não eram apenas compartimentos vazios, mas apresentavam estruturas internas. Esse pesquisador analisou diferentes tipos celulares, tais como protozoários, hemácias e, até mesmo, espermatozoides.
Os estudos continuaram e, mais tarde, foi possível verificar ainda a presença de núcleo e citoplasma. As membranas só foram observadas mais tardiamente, quando foram criados microscópios mais potentes.
Ao estudar tecidos animais e vegetais, Theodor Schwann e Mathias Schleiden chegaram a conclusões bastante parecidas sobre as células. Eles publicaram suas ideias de forma independente e afirmaram que todos os organismos eram constituídos por células. Surgia aí o principal pilar da Teoria Celular.
Em 1855, Rudolf Virchow, patologista alemão que concordava com as ideias de Schwann e Schleiden, afirmou, após alguns estudos, que todas as células originavam-se de células preexistentes (omnis cellula ex cellula"= “toda célula origina-se de outra célula” ). O ponto destacado por Virchow foi também incorporado à teoria celular.
→ Pontos básicos da Teoria Celular
A Teoria Celular é composta por três fundamentos básicos:
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Todos os seres vivos são formados por células e estruturas delas derivadas;
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As células são unidades funcionais dos organismos, uma vez que diversos processos vitais ocorrem no interior dessas estruturas;
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Uma célula origina-se por meio da divisão celular, ou seja, uma célula só surge a partir de outra preexistente.
→ Exceção à Teoria Celular
Os vírus são organismos que não possuem célula (acelulares) e, por isso, alguns autores não os consideram seres vivos. Além disso, os vírus são incapazes de se reproduzir sozinhos e não possuem metabolismo próprio. Vale destacar, no entanto, que alguns autores afirmam que eles podem, sim, ser considerados seres com vida, pois possuem ácidos nucleicos e são capazes de evoluir e adaptar-se.
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