Tabagismo é uma doença crônica que decorre da dependência da nicotina. A nicotina é uma substância presente em todos os produtos à base de tabaco, tais como cigarros, cigarros de palha, charutos e cachimbos.
O uso do tabaco causa diferentes problemas de saúde e é responsável pela morte, segundo a Organização Mundial da Saúde, de mais de oito milhões de pessoas todos os anos. Dentre as doenças relacionadas ao uso, podemos citar diferentes tipos de câncer, enfisema pulmonar, úlcera gastrintestinal, impotência sexual e osteoporose.
Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre tabagismo
- 2 - O que é tabagismo?
- 3 - O que é tabagismo passivo?
- 4 - Quais as consequências do tabagismo?
- 5 - Qual o tratamento do tabagismo?
- 6 - Tabagismo no Brasil
Resumo sobre tabagismo
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É uma doença crônica desencadeada pela dependência da nicotina.
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A nicotina está presente em produtos à base de tabaco, como o cigarro.
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Mata mais de oito milhões de pessoas por ano.
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Pessoas que convivem com tabagistas também apresentam risco aumentado para alguns problemas de saúde.
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Diferentes tipos de câncer, úlcera, impotência sexual, infertilidade, aborto espontâneo, catarata e osteoporose são alguns dos problemas relacionados ao consumo de tabaco.
O que é tabagismo?
Tabagismo é uma doença crônica que se desenvolve com base na dependência da nicotina, uma substância presente em derivados do tabaco, como cigarro, charuto, cachimbo e narguilé. Geralmente, o tabagismo inicia-se quando o indivíduo ainda é jovem, uma situação muitas vezes motivada pela curiosidade sobre o uso do produto.
Nem todas as pessoas que fazem uso do tabaco tornam-se dependentes da nicotina, sendo observado, por exemplo, pessoas que fazem o uso apenas uma vez dessa substância. Entretanto, algumas pessoas experimentam o tabaco e tornam-se dependentes da nicotina, o que pode estar relacionado com diferentes fatores, como genéticos, comportamentais, emocionais e familiares.
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O que é tabagismo passivo?
O tabagismo passivo nada mais é que a inalação, por pessoas não fumantes, da fumaça proveniente da queima do tabaco. Isso acontece quando uma pessoa convive com pessoas fumantes e fica exposta aos componentes tóxicos presentes na fumaça gerada por elas.
Vale destacar que, diferentemente do que muitos pensam, as pessoas não fumantes expostas ao fumo passivo também podem morrer em decorrência de problemas relacionados com a inalação da fumaça. Isso porque a fumaça do tabaco contém mais de 7000 substâncias químicas, as quais podem causar diferentes problemas de saúde. Alguns estudos sugerem que cerca de 69 dessas substâncias estão relacionadas com o desenvolvimento de câncer.
Ao se expor à fumaça proveniente de derivados do tabaco, uma pessoa pode sentir efeitos imediatos, como dor de cabeça, alergias, aumento da pressão arterial, irritação dos olhos e tosse. Quando essas pessoas são expostas por longos períodos, podem desenvolver infarto agudo do miocárdio, enfisema, bronquite crônica e até mesmo câncer de pulmão.
Quais as consequências do tabagismo?
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) considera o tabagismo uma epidemia, sendo esta a principal causa de morte, doença e empobrecimento. O tabagismo, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mata mais de oito milhões de pessoas anualmente. A Opas salienta que as pessoas que fazem uso do tabaco e morrem prematuramente privam suas famílias de renda, elevam o custo dos cuidados de saúde e impedem o desenvolvimento econômico.
O tabagismo ainda se relaciona com mais de 50 doenças. Dentre esses problemas de saúde, podemos citar:
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bronquite crônica;
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asma;
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úlcera gastrintestinal;
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menopausa precoce;
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impotência sexual;
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infertilidade;
O tabagismo também desencadeia diferentes tipos de câncer, tais como
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câncer de laringe;
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câncer de rim e ureter;
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câncer de fígado;
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câncer de bexiga;
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leucemia mieloide aguda.
O tabaco também é muito prejudicial para mulheres grávidas, as quais podem sofrer aborto espontâneo ou parto prematuro, além de haver maior chance de o bebê nascer com baixo peso ou apresentar morte perinatal. Não se pode deixar de pontuar também que o tabaco afeta a estética do indivíduo, desencadeando a aceleração do envelhecimento, o amarelamento da pele e dos dentes e a opacidade dos cabelos.
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Qual o tratamento do tabagismo?
O tratamento do tabagismo nem sempre é fácil. Muitas pessoas pensam que são capazes de se livrar do vício sozinhas, entretanto, o que se observa, na maioria das vezes, é a necessidade de uma abordagem mais especializada, sendo fundamental a ajuda de um profissional, o qual inicialmente avaliará o grau de dependência e a motivação do indivíduo para parar de fumar.
Durante o tratamento, o médico analisará as situações que desencadeiam a vontade de fumar do indivíduo e buscará estratégias para que o uso do tabaco não aconteça. Também é importante que estratégias sejam definidas para prevenir recaídas e, caso elas ocorram, para que o paciente seja capaz de retornar ao seu objetivo. Em alguns casos, o tratamento envolve também o uso de medicamentos.
Ao decidir parar de fumar, o paciente pode experimentar situações desagradáveis decorrentes da síndrome de abstinência. Dentre alguns desses sintomas, podemos destacar: fissura (grande vontade de fumar), boca seca, tremores, tonturas, dores de cabeça, nervosismo e ansiedade. Medicamentos podem ser úteis na redução desses sintomas, entretanto, não devem ser usados por conta própria.
Tabagismo no Brasil
O Brasil, assim como várias partes do mundo, também sofre com o tabagismo. De acordo com o Inca, essa doença vem se concentrando cada vez mais em populações de menor escolaridade e renda. Além disso, o Instituto destaca que muitos chefes de família são dependentes da nicotina e comprometem grande parte da renda na compra de produtos derivados do cigarro.
Outro problema está no fato de que essas pessoas diminuem grande parte de sua produtividade e muitas perdem seus empregos devido às incapacitações geradas pelas doenças causadas pelo fumo. O tabaco, portanto, não compromete apenas a saúde física da população, mas também a sua situação econômica.
Para reduzir o tabagismo em nosso país, uma série de ações foram realizadas ao longo de nossa história. Um ponto importante nesse sentido foi a proibição a propaganda comercial de produtos derivados do tabaco em todo território nacional. Houve também a proibição do o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, em recinto coletivo fechado, privado ou público.
Atualmente, de acordo com a Opas, a prevalência do tabagismo no Brasil está em queda. Ainda de acordo com a Organização, os resultados de um inquérito nacional de saúde indicaram que, entre 2006 e 2015, a prevalência de tabagismo entre adultos (18 e +) declinou de 15,6% para 10,4%.