A Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers, sigla para “Middle East Respiratory Syndrome) é uma doença respiratória identificada pela primeira vez em abril de 2012, na Arábia Saudita, e é provocada por um tipo de coronavírus. Até junho de 2015, já haviam sido registrados casos em 25 países.
Os principais sintomas da Mers são tosse, febre e dificuldade respiratória. Em alguns casos, observam-se também problemas gastrointestinais, tais como diarreias e vômitos. Nos casos graves da doença, ocorre o agravamento da dificuldade respiratória, o que ocasiona a dependência do uso de aparelhos e a insuficiência renal. Estima-se que 3 a cada 10 pessoas que contraem a doença morram.
A transmissão ocorre de duas formas: de pessoa para pessoa e por contato de humanos com alguns animais. De pessoa para pessoa, o vírus é transmitido pelas secreções que são liberadas no momento da tosse, por exemplo. Esse mecanismo é similar ao de transmissão da gripe e do resfriado. Já a transmissão a partir do contato com animais ainda não foi bem explicada, mas sabe-se que camelos possuem o mesmo tipo de vírus responsável pela doença em humanos. Após a contaminação, os sintomas iniciam-se, em média, após seis dias.
Os mais afetados pela Mers são os idosos e pacientes com doenças crônicas e que apresentam o sistema imunológico debilitado. Entre as doenças que aumentam o risco de contrair a síndrome e de ter a sua forma grave, destacam-se o câncer, diabetes, doença renal e problemas cardíacos e pulmonares.
O diagnóstico da Mers é realizado por meio da análise dos sintomas e de testes laboratoriais com amostras respiratórias ou sangue. Confirmado o diagnóstico, o paciente deve iniciar o tratamento. A doença não possui tratamento específico e, por isso, ele se baseia apenas no uso de medicamentos que diminuam os sintomas. É importante destacar que ainda não existem vacinas contra esse problema grave de saúde.
Para prevenir-se da doença, é necessário lavar bem as mãos, evitar contato com os doentes e desinfectar superfícies que são tocadas. É importante também que o paciente com Mers lembre-se de cobrir o nariz e a boca sempre que for tossir, evitando assim que secreções sejam espalhadas pelo ambiente.
Por ser uma doença relativamente nova, muitos estudos ainda devem ser realizados para que se conheça melhor a forma de transmissão e desenvolva-se um tratamento adequado. Assim sendo, é fundamental o investimento em pesquisas na área.