Sepse

A sepse, também conhecida como infecção do sangue ou infecção generalizada, é uma síndrome de resposta inespecífica do organismo a uma infecção, gerando uma disfunção orgânica. Essa infecção pode ser causada por diversos agentes patogênicos e, assim, apresentar os mais diversos sintomas. A sepse é um dos maiores problemas de saúde pública mundial, em virtude do alto custo do tratamento e seu alto índice de mortalidade.

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Causas da sepse

A sepse é decorrente de um processo infeccioso, que pode ser causado por diversos agentes patogênicos.
A sepse é decorrente de um processo infeccioso, que pode ser causado por diversos agentes patogênicos.

A sepse é decorrente de um processo infeccioso, o qual pode ser causado por diversos agentes patogênicos, como vírus, bactérias, fungos e protozoários. O sistema de defesa do organismo busca uma forma de combater a infecção e libera mediadores químicos no organismo, o que pode causar um processo inflamatório em diversas partes do corpo, comprometendo o funcionamento de diversos órgãos, podendo, inclusive, causar a falência múltipla de órgãos e morte.

Leia também: Doenças causadas por bactérias – causas, tratamento, exemplos

Sinais e sintomas da sepse

A sepse apresenta sintomas diversos, como febre acima de 38,3 ºC.
A sepse apresenta sintomas diversos, como febre acima de 38,3 ºC.

A sepse apresenta alguns sinais e sintomas diversos, que variam, por exemplo, de acordo com a idade do paciente e o foco da infecção. Esses sinais e sintomas são utilizados para a realização do diagnóstico. São exemplos:

  • Febre (temperatura corporal acima de 38,3ºC) ou hipotermia (temperatura corporal abaixo de 36ºC) ;

  • Taquicardia;

  • Hipotensão (pressão arterial baixa);

  • Edemas (acúmulo de líquidos nos tecidos);

  • Alterações das funções renal e hepática;

  • Hiperglicemia (excesso de açúcar no sangue);

  • Oligúria (baixa produção de urina);

  • Redução do nível de consciência, entre outros.

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Saiba mais: Diferenças entre sinais e sintomas

Diagnóstico da sepse

A sepse apresenta alta taxa de mortalidade, assim, um diagnóstico rápido e correto é essencial para a realização de um tratamento eficaz, aumentando as chances de sobrevivência do paciente.

O diagnóstico é feito por meio da avaliação dos sinais e sintomas citados anteriormente, além da realização de exames laboratoriais, como hemograma completo, urina de rotina, glicemia, proteína C reativa, entre outros. Além dos exames laboratoriais, podem ser solicitados exames de imagem, como raio-x de tórax.

Tratamento da sepse

Embora a sepse apresente uma alta taxa de mortalidade, se o diagnóstico for feito de forma adequada e rápida, assim como o início do tratamento, as chances de cura elevam-se. O tratamento da sepse segue um protocolo e, entre os procedimentos realizados nesse processo, podemos citar:

  • tratamento da infecção;

  • administração de corticosteroides;

  • transfusão de plaquetas;

  • controle da glicemia;

  • nutrição do paciente, entre outros.

Acesse também: Doenças, síndromes e transtornos – conheça as diferenças

Sepse em bebês

Em crianças, a sepse pode ser causada por inúmeros fatores e, em casos mais graves, a taxa de mortalidade pode ultrapassar 50%.
Em crianças, a sepse pode ser causada por inúmeros fatores e, em casos mais graves, a taxa de mortalidade pode ultrapassar 50%.

A alta taxa de mortalidade da sepse também se aplica a pacientes bebês ou crianças, podendo chegar a 50% em casos graves. Em crianças, a sepse pode ser causada por inúmeros fatores, desde a prematuridade, fatores de risco maternos, como alguma infecção, a não vacinação, a falta de leitos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), entre outros fatores.

Em bebês, podem ser observadas duas formas de sepse no primeiro mês de vida, a sepse neonatal precoce e a sepse neonatal tardia, como veremos a seguir.

  • Sepse precoce: os primeiros sinais aparecem nas primeiras 48-72 horas após o nascimento do bebê. Pode estar relacionada a fatores pré-natais e também a fatores do periparto (momento próximo ao parto), como fatores de risco materno, ou seja, intercorrências na mãe que podem afetar o recém-nascido, como infecção urinária no parto, infecções no trato genital, febre materna acima de 37,5 °C durante ou logo após o parto e ruptura das membranas amnióticas mais de 18 horas antes do parto. A sepse precoce deve ser diagnosticada de maneira mais eficaz e rápida possível, pois a sua taxa de mortalidade é elevada.

  • Sepse tardia: os primeiros sinais aparecem após as primeiras 48-72 horas após o nascimento do bebê. Os fatores relacionados são pós-natais, como durante a nutrição e transmissão de infecções por meio de seus cuidadores.

Para a realização do diagnóstico de sepse em recém-nascidos, é necessário que se associem os fatores de risco maternos e neonatais aos sintomas apresentados e iniciar a investigação laboratorial. Os sintomas de sepse em bebês são variados, como febre ou hipotermia, icterícia (o bebê apresenta pele e mucosas amareladas), dificuldade respiratória e vômitos.

Em casos de bebês e crianças com sepse, é essencial para a eficácia do tratamento que ocorra a internação em Unidade de Terapia Intensiva e que o tratamento seja realizado de forma a estabilizar o paciente.

Por: Helivania Sardinha dos Santos

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