O retículo endoplasmático é um conjunto de membranas que têm função de síntese e transporte de várias substâncias. Há dois tipos de retículo endoplasmático: rugoso ou granular, e liso ou agranular.
O retículo endoplasmático rugoso, também chamado de ergastoplasma, possui inúmeros ribossomos aderidos às suas membranas, o que lhe confere um aspecto enrugado. Esses ribossomos produzem proteínas que são envolvidas por membranas, formando “pacotes” cheios de proteínas que são enviadas para o complexo de golgi para serem mandadas para os locais, dentro e fora da célula, que necessitam delas.
O retículo endoplasmático rugoso possui ribossomos aderidos às suas membranas
O retículo endoplasmático liso não possui ribossomos aderidos em suas membranas, nelas ocorre a produção de ácidos graxos, fosfolipídios e esteroides. No interior da membrana há enzimas que combatem substâncias tóxicas, promovem a desintoxicação do organismo facilitando a eliminação dessas substâncias do corpo. Nas células do fígado, órgão responsável pela desintoxicação do corpo, há um grande número de retículo endoplasmático liso. Nos músculos essas organelas são bem desenvolvidas, pois servem de reservatório para íons cálcio, que participam das contrações musculares.
O uso constante de substâncias tóxicas ao organismo, como medicamentos, drogas psicotrópicas e álcool, faz com que o retículo endoplasmático liso se desenvolva e ocorra aumento na quantidade de membranas e enzimas para desintoxicação. Isso ocorre porque as células do fígado são as responsáveis pela desintoxicação do organismo, e no interior do retículo endoplasmático liso há enzimas que neutralizam essas substâncias tóxicas. Isso faz com que a pessoa tenha que ingerir doses maiores da droga para que se tenha o efeito desejado.
O retículo endoplasmático liso está presente em grande número nas células do fígado