Para dizer que duas populações pertencem a raças ou subespécies distintas é necessário certo número de características genéticas que, em conjunto, seriam exclusivas de uma população ou pelo menos bem mais freqüentes em uma população do que em outra.
Entretanto, no caso da espécie humana a diferença genética em uma população é muito pequena, permanecendo mais heterogênea em indivíduos de uma mesma população, do que de populações de áreas distintas.
Exemplo: A proporcional diferença genética entre um cidadão americano e seu vizinho ou entre um europeu e seu vizinho, pode ser 12 vezes maior do que a diferença entre o genótipo médio da população americana e o da população européia.
Isso significa que a maior parte da variabilidade genética da espécie humana (cerca de 90% de toda a variedade) pode ser encontrada entre os indivíduos de uma mesma população.
Portanto, de acordo com a análise biológica não faz sentido falar em raça para a espécie humana, visto que durante a evolução hominídea não houve entre os indivíduos um isolamento geográfico por tempo satisfatório, proporcionando o surgimento de características que propusessem uma classificação Homo sapiens em termos de raça ou subespécies.
Assim, a idéia de raça é uma incoerência em relação à espécie humana, uma vez que a variedade genética dentro de uma espécie é importante para a sua sobrevivência, como também é uma contradição falar em raça superior ou inferior, ignorando-se a grande diversidade e genética dentro de cada população.