As plantas carnívoras são espécies vegetais que despertam o imaginário dos seres humanos. Muitas vezes apresentadas como perigosas em filmes e desenhos animados, elas geralmente são pequenas e não causam danos a seres vivos de maior porte. Atualmente, estima-se que existam em média 600 espécies diferentes de plantas desse tipo. A grande maioria dos representantes pode ser encontrada nas regiões tropicais e subtropicais do globo.
→ O que é uma planta carnívora?
Uma planta carnívora, também chamada de insectívora, é um vegetal capaz de atrair, capturar e utilizar suas presas como uma forma de complementação dos nutrientes necessários para a sua sobrevivência. Essa estratégia adotada pelas plantas carnívoras é essencial, pois elas são encontradas, normalmente, em solos pobres em nutrientes como fosfatos e nitratos.
As plantas carnívoras, apesar de também receberem o nome de insectívoras, não utilizam os nutrientes apenas de insetos. Elas são capazes de capturar e digerir outros organismos, tais como caramujos, aranhas, centopeias e até mesmo sapos e roedores.
Vale destacar, no entanto, que, apesar de capturarem animais, essa planta é autotrófica, ou seja, é capaz de produzir seu próprio alimento. Assim como os outros organismos vegetais, essas espécies realizam fotossíntese, processo em que a energia luminosa é transformada em energia química.
→ Adaptações das plantas carnívoras
A Drosera apresenta tricomas pegajosos em suas folhas
As plantas carnívoras apresentam uma série de adaptações em sua morfologia que garantem a captura e aproveitamento dos nutrientes de sua presa. Entre as principais adaptações observadas, destacam-se as folhas pegajosas e as urnas cheias de substâncias atrativas.
A Dionaea, por exemplo, apresenta uma folha especializada e bastante sensível que se fecha ao ser tocada por um inseto. Já as espécies do gênero Nepenthes apresentam uma urna com uma substância que ajuda na atração das vítimas. A Drosera, por sua vez, possui tricomas ricos em substâncias pegajosas que aprisionam o animal capturado.
Podemos citar ainda a técnica adotada pela Philcoxia minensis, um mecanismo bastante peculiar e descoberto recentemente. Essa espécie, que vive na Serra do Espinhaço (MG), apresenta folhas subterrâneas pegajosas que são especializadas na captura de vermes nematoides presentes no solo.