Pinocitose (do grego pinein, beber) é um tipo de endocitose, ou seja, um processo que garante que substâncias entrem na célula por meio de modificações da membrana plasmática. Nesse processo, também chamado de endocitose de fase fluida, a célula garante a captura de fluídos necessários para o seu funcionamento. A pinocitose pode ser observada em vários tipos celulares, tais como macrófagos e células dos capilares sanguíneos.
→ Como ocorre a pinocitose?
Na pinocitose, a célula forma invaginações na membrana que englobam fluidos e solutos existentes no meio extracelular. Inicialmente surgem depressões na membrana, que posteriormente se contraem de modo a formar vesículas. Nessas vesículas, que possuem em média 80 nm de diâmetro, ficam presas as substâncias necessárias para a célula.
As vesículas da pinocitose, após formadas, destacam-se da membrana e migram para regiões mais internas do citoplasma por meio da atividade do citoesqueleto. Normalmente, nesses locais, as vesículas fundem-se a lisossomos, organelas responsáveis pela digestão intracelular.
Existem ainda casos, como observado nas células endoteliais dos capilares sanguíneos, que a pinocitose atua como um meio de transporte. Ocorre o surgimento da vesícula, sua movimentação na célula e a liberação do conteúdo do outro lado da estrutura. A pinocitose surge, portanto, como uma forma de levar um fluído de uma região à outra.
→ Tipos de pinocitose
A pinocitose pode ser classificada em dois tipos: não seletiva e seletiva. Na pinocitose seletiva, as substâncias a serem englobadas ligam-se a receptores específicos e somente após essa etapa ocorre a invaginação da membrana. Esse processo garante uma maior incorporação de partículas necessárias, evitando a entrada desnecessária de muito fluido. Já na pinocitose não seletiva, ocorre a formação de vesículas que englobam todos os solutos presentes no fluido extracelular, um processo inespecífico e, portanto, menos eficiente.