peixes encontrados na região do Indo-Pacífico que se destacam pelo corpo com listras verticais brancas e vermelhas alaranjadas. Uma das espécies mais conhecidas é Pterois volitans, a qual tem se espalhado pelo litoral brasileiro, caracterizada como uma espécie invasora.
Peixe-leão é o nome dado aO aumento do registro de casos tem gerado preocupação em relação à nossa biodiversidade e também à saúde da população, uma vez que o peixe-leão é uma espécie venenosa que pode provocar acidentes dolorosos. Seu veneno não é considerado fatal para pessoas saudáveis, entretanto, pode provocar dor, náusea e até mesmo convulsões.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre peixe-leão
- 2 - Peixe-leão
- 3 - O peixe-leão é venenoso?
- 4 - O que o peixe-leão come?
- 5 - Habitat do peixe-leão
- 6 - Por que o peixe-leão é uma ameaça à vida marinha?
- 7 - O que fazer ao encontrar um peixe-leão?
Resumo sobre peixe-leão
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O peixe-leão é nativo do Indo-Pacífico. Atualmente, porém, o animal foi inserido também no Atlântico, devido à ação humana.
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Apresenta como característica mais marcante sua coloração, formada por um padrão listrado, com listras vermelhas alaranjadas e brancas.
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Possui 18 espinhos que podem inocular veneno.
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Representa uma ameaça à biodiversidade brasileira.
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No Brasil, foi registrado o primeiro acidente com peixe-leão no ambiente natural em abril de 2022. O acidente ocorreu em Barroquinha, no litoral oeste do Ceará. O indivíduo ferido, de 24 anos, precisou ser hospitalizado após pisar no animal.
Peixe-leão
Peixe-leão é o nome dado a diferentes espécies do gênero Pterois, sendo a mais conhecida a espécie Pterois volitans. Esses animais caracterizam-se por possuírem um padrão rajado, com listras verticais vermelhas alaranjadas e brancas. Além disso, possuem nadadeiras com raios longos e semelhantes a um leque. Devido a esses atributos, são comumente usados como peixes ornamentais.
Esses indivíduos podem atingir cerca de 47 cm e possuem 18 espinhos venenosos. Os espinhos estão localizados nas nadadeiras, sendo 13 na nadadeira dorsal, três na nadadeira anal e um em cada nadadeira pélvica. São uma espécie noturna e que se alimenta, principalmente, na primeira hora da noite.
O peixe-leão é um animal ovíparo capaz de colocar 30.000 ovos, de acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Trata-se de animais solitários, mas que se juntam no momento da corte. A corte é sempre iniciada pelos machos e ocorre pouco antes do anoitecer.
O comportamento de corte envolve, dentre outras ações, a subida do macho e da fêmea várias vezes para a superfície. Na última subida, macho e fêmea nadam logo abaixo da superfície, e a fêmea libera seus óvulos, os quais ficam em tubos de muco. Esses tubos se enchem de água e se tornam bolas ovais contendo vários óvulos. O macho libera seus espermatozoides na água, os quais penetram nas bolas e fecundam os óvulos.
O peixe-leão é venenoso?
Os peixes-leão são animais que possuem toxinas que podem provocar náusea, dor e convulsões nos seres humanos. As toxinas são inoculadas por meio dos espinhos do animal. Apesar de provocar dor, o veneno, em geral, não é responsável por levar seres humanos saudáveis a óbito.
No Brasil, o primeiro acidente ocasionado pelo peixe-leão em ambiente natural foi registrado em abril de 2022. Na ocasião, um pescador pisou no animal e teve que ser hospitalizado. O caso ocorreu no interior do Ceará. Anteriormente, casos de acidentes com peixe-leão haviam ocorrido apenas em aquários.
O que o peixe-leão come?
O peixe-leão é uma espécie de peixe carnívora que se alimenta de invertebrados, como crustáceos, e também de pequenos peixes, principalmente ao pôr do sol.
Isso porque trata-se do momento em que peixes de hábitos diurnos retornam para os corais e os de hábitos noturnos saem em busca de suas presas, sendo, portanto, um período de grande movimentação nos recifes. O peixe-leão aproxima-se lentamente ou espera que a presa passe na sua frente e, com movimentos rápidos, engole sua presa por meio de sucção.
Habitat do peixe-leão
O peixe-leão é, normalmente, encontrado associado a recifes de corais. Em geral, o peixe-leão permanece durante o dia abrigado em fendas e cavernas, saindo à noite para se alimentar. Os peixes-leão são nativos do Indo-Pacífico. Entretanto, atualmente, tem se observado a ocorrência desses animais no Atlântico, sendo eles, nesse caso, considerados uma espécie invasora.
O primeiro registro no oceano Atlântico ocorreu na Flórida, em 1985, estando esse evento relacionado, provavelmente, com a soltura de espécimes que estavam em aquários. Há ainda uma hipótese de que a invasão do peixe nos Estados Unidos é consequência do furacão Andrew, que atingiu a Flórida em 1992 e destruiu um aquário que continha peixes.
A partir daí, a espécie se espalhou e se estabeleceu também no Caribe e no Golfo do México. No Brasil, o peixe-leão passou a ser observado com maior frequência a partir do final do ano de 2020. Entretanto, um relato sobre a presença animal em nosso litoral já havia sido feito em 2014.
Por que o peixe-leão é uma ameaça à vida marinha?
O peixe-leão é um grande predador que pode causar danos à biodiversidade brasileira, uma vez que se trata de uma espécie invasora. Por ser uma espécie invasora, não possui predadores naturais, o que dificulta seu controle populacional, facilita sua reprodução de maneira exagerada e gera o aumento de sua população.
Esse animal é generalista, portanto, alimenta-se de diferentes espécies. Ele também caracteriza-se por se alimentar em grande quantidade, de modo que, de acordo com o ICMBio, consome cerca de 20 peixes em meia hora e pode ingerir animais quase do seu tamanho. Esses atributos representam perigo para os peixes nativos, principalmente para as espécies endêmicas.
Além de afetar o equilíbrio de um ecossistema, o peixe-leão pode ser prejudicial para a economia. Isso se deve ao fato de que o peixe pode se alimentar de espécies importantes comercialmente, impactando a vida das pessoas que delas dependem.
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O que fazer ao encontrar um peixe-leão?
Se você encontrar um peixe-leão, é importante tomar alguns cuidados, como:
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não tocar no espécime;
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afastar-se imediatamente do local;
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anotar o local e hora em que o peixe foi avistado;
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acionar imediatamente o ICMBio da região.
Caso ocorra um ferimento, é importante manter a área do corpo afetada imersa em água quente por 30 a 40 minutos. Além disso, é fundamental procurar um médico para avaliar o ferimento e para que medicamentos sejam prescritos.