O parto cesárea é uma intervenção cirúrgica pela qual a mãe passa para a retirada do bebê. Ultimamente, no Brasil, o número de cesáreas vem crescendo, mas às vezes a cirurgia é feita desnecessariamente, podendo causar danos para a mãe e para o bebê.
Uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde apontou que crianças que nascem de cesárea têm mais baixo peso, o que sugere que os bebês estão sendo retirados do útero da mãe no tempo errado. Na cesariana também há maior risco de infecção materna e de o bebê apresentar problemas respiratórios.
Como se trata de uma intervenção cirúrgica, os médicos geralmente propõem o parto cesárea quando o tamanho do bebê é desproporcional ao tamanho da pelve da mãe; quando há descolamento prematuro da placenta; quando há alguma infecção herpética ativa; quando a mãe é diabética; se a posição do bebê estiver invertida e difícil; se o trabalho de parto não estiver progredindo, dentre outras situações.
A cesárea é feita na maternidade, com anestesia peridural ou ráqui. A anestesia geral é dada somente em casos excepcionais. Por causa da anestesia, a mãe não sentirá nenhuma dor durante a realização do parto. Por se tratar de uma cirurgia, os cuidados com a assepsia são maiores, e as chances de haver complicações também aumentam.
No momento do parto, o médico faz um corte logo acima dos pelos pubianos, e corta a pele e todas as membranas até chegar ao útero. No útero, o médico corta a placenta e suga todo o líquido de seu interior e posteriormente insere a mão para pegar o bebê. Após a retirada do bebê, as enfermeiras sugam sua boca e seu nariz, e o médico corta o cordão umbilical.
O bebê é encaminhado para limpeza, enquanto a mãe, ainda na sala de cirurgia, tem a placenta removida e o útero limpo. O médico verifica se não houve lacerações no útero, trompas e ovário, verifica a posição dos órgãos e começa a suturar cada camada de pele cortada. Em seguida a mãe é levada para o quarto onde poderá ver o bebê. A mãe poderá sentir dores ao rir, chorar, tossir, espirrar, ficar em pé ou tentar erguer o corpo. A alta hospitalar pode ocorrer em até 72 horas.
Com o passar dos dias o corte da cesariana vai cicatrizando, e a retirada dos pontos pode ocorrer com uma semana a dez dias após o parto. Se a mãe observar qualquer diferença no corte, como vermelhidão, líquido escorrendo do corte ou febre, deve procurar o médico.
Em casa, no período pós-parto, a mãe precisa descansar ao máximo, ficando sentada ou deitada, pois longos períodos em pé podem fazer o corte arder e doer. A mãe não pode pegar peso, a não ser o próprio bebê, deve evitar dirigir e evitar fazer exercícios físicos intensos. A vida sexual da mãe pode ser retomada em torno de 40 dias após o parto.
A mulher que já tenha passado por alguma cesariana poderá ter outro filho de parto normal, se por acaso a cesariana tiver ocorrido em razão de fatos isolados, como posição inadequada do bebê ou pré-eclâmpsia. Nesses casos, os médicos tendem a tomar mais cuidado, pois há chances de que a cicatriz do útero se rompa durante as contrações que ocorrem no trabalho de parto.