A osteoporose é um problema muito comum em pessoas de idade mais avançada, principalmente mulheres. É uma doença silenciosa que se caracteriza pela diminuição da massa óssea, o que ocasiona uma maior fragilidade do osso e, consequentemente, eleva os riscos de uma fratura. Frequentemente essas fraturas atingem as vértebras, o fêmur, a ulna e o rádio.
Na maioria dos casos, essa doença acomete pessoas com idade superior a 45 anos. Além do sexo e da idade, fatores genéticos e a raça devem ser levados em conta na avaliação dos riscos de surgimento da osteoporose. Sabe-se, por exemplo, que os negros possuem maior massa óssea e, consequentemente, menos riscos de desenvolverem essa enfermidade.
A perda óssea ocorre naturalmente no decorrer do nosso envelhecimento, entretanto, em pessoas com osteoporose, essa perda é muito mais significativa. Nas mulheres, a perda óssea é mais acentuada porque ocorre a diminuição de estrógeno no período da menopausa, além de apresentarem ossos mais finos e leves quando comparadas aos homens. Em virtude da diminuição da densidade do osso, pequenos choques podem ser responsáveis por fraturas.
Outros fatores de risco dizem respeito a uma qualidade de vida ruim e a maus hábitos alimentares. A baixa ingestão de cálcio e vitamina D é um fator nutricional bastante importante. Além disso, sedentarismo, alcoolismo, tabagismo, uso de glicocorticoides, heparina e anticonvulsivantes, além de doenças inflamatórias sistêmicas, são importantes fatores de risco. É importante destacar que pessoas que ficam por muito tempo imobilizadas podem ser acometidas.
A osteoporose pode ser dividida em primária, secundária e idiopática. Chamamos de osteoporose primária aquela de causas naturais, ou seja, que é causada pelo envelhecimento ou pela menopausa. Já a osteoporose secundária é aquela que ocorre em decorrência do uso de medicamentos e de algumas doenças. Quando não conhecemos as causas, ela é chamada de idiopática.
Normalmente a osteoporose é assintomática, porém alguns sintomas podem surgir. Os pacientes geralmente reclamam da fácil ocorrência de fraturas, sem grandes quedas ou impactos, dores associadas a essas fraturas, encurvamento da coluna e uma diminuição da altura.
Observe a diferença entre um osso normal e um osso com osteoporose
Para a realização de diagnóstico da osteoporose, o médico avaliará a perda da massa óssea do paciente e realizará uma série de exames. O exame mais indicado é a densitometria óssea, que é útil também para o acompanhamento do avanço da doença. Além da densitometria, são realizados hemogramas, VHS, dosagem de cálcio e fósforo, calciuria de 24 horas, entre outros.
Para a prevenção da osteoporose, dieta e hábitos de vida saudáveis são recomendados. Pessoas que apresentam uma dieta com níveis de cálcio adequados possuem um menor risco de desenvolverem a osteoporose. Isso ocorre principalmente porque esse mineral evita a reabsorção óssea e fortalece os ossos. O cálcio pode ser encontrado em diversos alimentos, destacando-se o leite e seus derivados.
Outro fator importante na prevenção dessa doença é a vitamina D e a exposição solar. É recomendado que idosos acima de 70 anos realizem a suplementação dessa vitamina, uma vez que ela relaciona-se com a absorção do cálcio. Já a exposição solar é importante, pois ela é responsável pela produção da vitamina D em nossa pele. A reposição hormonal após a menopausa também é indicada para evitar a perda óssea.
Atividades físicas também são importantes para a prevenção da osteoporose. Além de ajudar na prevenção, exercícios diminuem o risco de fraturas, pois ajudam a evitar as quedas. Recomenda-se que essas atividades sejam realizadas pelo menos três vezes durante a semana e devem possuir duração de, no mínimo, 30 minutos.
É importante destacar também que, para a prevenção dessa e de outras doenças, o álcool, o cigarro e o café devem ser evitados. Se for fazer o uso, este deve ser com bastante moderação.