Os peixes osteíctes possuem esqueleto ósseo e são animais conhecidos e numerosos. Esses peixes podem ser encontrados em lagos, córregos, rios, oceanos e em todas as regiões do globo terrestre, sejam elas polares ou tropicais. Dentre as inúmeras espécies de peixes, podemos citar algumas, como salmão, cavalo-marinho, enguia, peixe-elétrico, dourada, sardinha, piranha, moreia, etc.
Na pele desses animais podemos encontrar glândulas produtoras de muco e escamas dérmicas que se sobrepõem umas sobre as outras. O bagre é um peixe ósseo que não possui escamas. Assim como os condrictes, esses peixes também possuem linha lateral constituída por células sensoriais chamadas de neuromastos, que têm a capacidade de captar vibrações na água, repassando-as ao sistema nervoso do animal.
Esses animais possuem nadadeiras mais flexíveis quando comparadas às nadadeiras dos condrictes. Essa flexibilidade auxilia na mudança de direção e permite ao animal realizar manobras mais rápidas.
Situada em posição anterior no corpo, a boca da maioria dos peixes osteíctes possui dentes e mandíbulas. Seu sistema digestório é completo, apresentando pâncreas, fígado bem desenvolvido (participa ativamente da digestão) e intestino sem válvula espiral, que finaliza no ânus (não há cloaca).
Observe na figura algumas estruturas encontradas no peixe fisóstomo
Os peixes osteíctes possuem de quatro a cinco pares de brânquias protegidos pelo opérculo, que se movimenta, aumentando a circulação de água e, consequentemente, a troca de gases respiratórios pelas brânquias.
Observe que a bexiga natatória, no peixe fisóclisto, é uma bolsa isolada
A maioria dos peixes ósseos possui bexiga natatória, bolsa cheia de gás que se localiza na parte dorsal do corpo do animal. A bexiga natatória auxilia na flutuação do animal, permitindo que ele se mantenha em equilíbrio em diferentes profundidades sem gastar muita energia. Há peixes em que a bexiga natatória liga-se à faringe através do ducto pneumático, que permite ao gás escapar, e esses peixes são chamados de fisóstomos. As espécies de peixes que não possuem o ducto pneumático são chamadas de fisóclistos, e neles a bexiga natatória fica totalmente fechada. Especialistas acreditam que a bexiga natatória tenha evoluído de pulmões primitivos existentes em peixes que habitavam lugares com pouca oferta de oxigênio.
Os osteíctespossuem sistema circulatório fechado, com o coração composto de um átrio e um ventrículo. Esses animais fazem a excreção através de rins que se localizam acima da bexiga natatória, sendo a ureia o seu principal excreta.
Com o sistema nervoso bem desenvolvido, os osteíctes possuem olfato e paladar localizados nas narinas, na boca e outras partes do corpo. São animais dioicos, e em sua maioria ovíparos, com fecundação externa.
Os osteíctes se dividem em duas subclasses: Sarcopterígeos e Actinopterígeos.
Os Sarcopterígeos possuem pulmão primitivo e são representados por espécies como o celacanto. São muito importantes na cadeia evolutiva, pois se acredita que os anfíbios surgiram a partir desses animais.
Os Actinopterígeos são os representantes da maioria dos peixes ósseos dotados de bexiga natatória.