Não é de hoje que ouvimos dizer a respeito dos malefícios do cigarro. Esse produto está relacionado com aproximadamente 50 doenças, que são causadas pelas substâncias tóxicas nele encontradas. O tabagismo é hoje considerado pela Organização Mundial de Saúde uma grande epidemia, responsável por matar todo ano quase 4,9 milhões de pessoas. No Brasil, esse hábito é responsável por ocasionar a morte de cerca de 200 mil pessoas todo ano.
Estima-se que, ao fumar um cigarro, colocamos nosso corpo em contato com mais de 4700 substâncias tóxicas, sendo a nicotina, o monóxido de carbono e o alcatrão as mais perigosas. A nicotina é responsável principalmente por causar dependência em quem utiliza o produto, atuando principalmente no sistema nervoso central. Por causar dependência, essa substância faz com que o paciente sinta que não consegue ficar sem o cigarro, entretanto, todos são capazes. O monóxido de carbono, por sua vez, relaciona-se com uma diminuição da oxigenação sanguínea. Já o alcatrão é uma mistura complexa de vários compostos formados durante a queima do cigarro, sendo 40 deles considerados cancerígenos.
Segundo os dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), se uma pessoa largar o fumo neste instante, em pouco tempo, ela já se sentiria melhor. A pressão sanguínea, a pulsação e os níveis de oxigênio no sangue voltariam ao normal em poucas horas. O olfato e o paladar teriam uma melhora na percepção de cheiros e gostos, respectivamente, em aproximadamente dois dias. A respiração e a circulação, por sua vez, apresentariam melhora em três semanas. Acredita-se que após 10 anos sem fumar, o risco de sofrer um infarto seja igual ao das pessoas que nunca utilizaram cigarro. Após 20 anos, os riscos de se ter um câncer também se assemelham aos de um não fumante.
Apesar do que muitos pensam, os problemas relacionados com o tabaco não surgem apenas a longo prazo. Pouco tempo após o início do hábito de fumar, as pessoas que utilizam o produto podem notar o aumento dos batimentos cardíacos e funcionamento pulmonar reduzido.
Como dito anteriormente, o tabagismo está relacionado com aproximadamente 50 doenças diferentes. Dentre esses problemas, podemos destacar o câncer (principalmente o de pulmão), doenças coronarianas (anginas e infarto), hipertensão arterial, surgimento de aneurismas arteriais, úlceras do aparelho digestivo, doenças respiratórias, trombose, osteoporose, catarata, impotência sexual no homem, infertilidade feminina, menopausa precoce e problemas na gravidez.
Em mulheres grávidas, o fumo está relacionado com casos de abortos espontâneos, natimortos e bebês abaixo do peso. Após o nascimento, o bebê exposto ao tabaco pode ter problemas respiratórios, problemas nos olhos e ouvidos e até mesmos distúrbios de crescimento, desenvolvimento e mentais.
É importante destacar que o fumante passivo, aquele que inala fumaça mesmo sem fumar em razão da presença de fumantes no mesmo ambiente, também corre sérios riscos. A exposição à fumaça de forma passiva aumenta os riscos de câncer de pulmão e de infarto, além de problemas respiratórios, como asma e bronquite. Sendo assim, se você vive com uma pessoa que fuma, também corre sérios riscos.
Acredita-se que metade de todos os fumantes morra em decorrência de doenças causadas pelo cigarro. Você quer fazer parte dessa estatística?
Curiosidades:
- No site do INCA é possível realizar um teste para verificar seu grau de dependência ao cigarro. Clique aqui e descubra! Nesse site também é possível encontrar alguns passos para parar de fumar;
- No dia 31 de maio, comemora-se o Dia Mundial Sem Tabaco.