Neurodiversidade é um termo usado para se referir às diferenças neurológicas que existem na população. Nessa categoria incluem-se os indivíduos que possuem o funcionamento neurocognitivo considerado padrão (neurotípicos) e aqueles que apresentam um funcionamento neurocognitivo atípico (neurodivergentes).
De acordo com o conceito de neurodiversidade, as variações neurológicas são normais dentro de uma população, não devendo ser tratadas como doença ou transtorno, tampouco ser motivo para discriminação.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre neurodiversidade
- 2 - O que é neurodiversidade?
- 3 - Criação do termo neurodiversidade
- 4 - Diferença entre neurotípico e neurodivergente
Resumo sobre neurodiversidade
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Judy Singer foi a criadora do termo neurodiversidade.
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Neurodiversidade é um conceito usado para se referir às variações cognitivas encontradas dentro da população.
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Neurodiversidade é um termo que inclui todas as pessoas, aquelas que apresentam desenvolvimento atípico e o considerado padrão.
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Indivíduos neurotípicos são aqueles que apresentam um funcionamento neurológico típico, dentro do que é esperado pela sociedade.
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Indivíduos neurodivergentes são aqueles que possuem um funcionamento neurológico diferente do considerado padrão.
O que é neurodiversidade?
Neurodiversidade é um conceito que apresenta como fundamento a ideia de que cada indivíduo possui um funcionamento neurocognitivo único. Devido a essa particularidade da nossa espécie, não se deve considerar como doente ou com transtornos aqueles que possuem uma mente que funciona de uma maneira diferente do considerado padrão.
Dificuldades de comunicação, inquietação, falta de atenção, comportamentos repetitivos e impulsividade são apenas alguns sintomas que são vistos frequentemente como fora do padrão, sendo estes usados para definir diferentes transtornos. Apesar de serem padrões diferentes do esperado, o conceito de neurodiversidade nos faz perceber que esses sintomas, na realidade, são apenas diferenças normais existentes no cérebro humano, não devendo, portanto, buscar-se a cura para tais situações.
Criação do termo neurodiversidade
O termo neurodiversidade foi cunhado por Judy Singer e apresentado em um capítulo de um livro escrito pela socióloga em 1998. Singer utilizou o termo para se referir às diferentes formas de funcionamento neurocognitivo existentes, tentando demonstrar que, assim como outras características de nosso corpo, não existem duas mentes iguais.
Após o surgimento do termo e sua popularização, surgiram movimentos sociais com o enfoque na ideia de neurodiversidade e que buscam mais respeito, igualdade e inclusão para as pessoas denominadas neurodivergentes.
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Diferença entre neurotípico e neurodivergente
Neurotípico e neurodivergente são dois conceitos opostos. Neurotípico é um conceito usado para se referir aos indivíduos que não possuem transtornos ou deficiências mentais, apresentando um funcionamento neurocognitivo dentro dos padrões esperados. As pessoas neurotípicas, em geral, não possuem problemas relacionados à interação com outras pessoas, se adaptam mais facilmente às mudanças, não possuem atrasos perceptíveis de fala, entre outras características.
Já o conceito de neurodivergente é usado para se referir a pessoas que possuem desenvolvimento considerado atípico, ocorrendo fora do que a sociedade considera como padrão. Pessoas diagnosticadas com transtornos como dislexia, transtorno de deficit de atenção, transtorno do espectro autista, dispraxia e síndrome de Tourette são consideradas neurodivergentes.
Dentre as variações cognitivas apresentadas por pessoas neurodivergentes podemos citar as dificuldades no convívio social, dificuldade de escrita e fala, inquietação, impulsividade e comportamento repetitivo.