Neurotransmissores são moléculas produzidas por neurônios que são liberadas, difundem-se a pequenas distâncias e ligam-se a receptores na célula-alvo, garantindo a passagem de informações. Os neurotransmissores, portanto, atuam localmente como mensageiros químicos.
Os neurotransmissores estão relacionados a vários processos do organismo. Dentre as ações dos neurotransmissores, podemos destacar o papel desses mensageiros químicos na memória, cognição, movimentação e sensações.
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Tópicos deste artigo
- 1 - → Como funciona um neurotransmissor?
- 2 - → Receptores de neurotransmissores
- 3 - → Exemplos de neurotransmissores
- 4 - → Neurotransmissores relacionados ao prazer
- 5 - → Relação entre neurotransmissores e a depressão
→ Como funciona um neurotransmissor?
Os neurotransmissores são produzidos pelos neurônios e liberados nas sinapses. As sinapses podem ser definidas como conexões especializadas entre um neurônio e uma outra célula. As sinapses que envolvem liberação de neurotransmissores são chamadas de sinapses químicas.
O neurônio pré-sináptico (neurônio transmissor) produz um neurotransmissor e faz seu empacotamento, formando vesículas. Essas vesículas são chamadas de vesículas sinápticas. Quando um impulso nervoso chega à terminação do axônio, ocorre a liberação, por exocitose, dos neurotransmissores, os quais se difundem pela fenda sináptica (pequeno espaço que separa o neurônio pré-sináptico da célula-alvo) e chegam até a célula-alvo (célula pós-sináptica), desencadeando o potencial pós-sináptico. Para afetar a célula pós-sináptica, o neurotransmissor liga-se a receptores específicos.
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Observe o esquema que ilustra a liberação dos neurotransmissores por um neurônio.
Após desencadear o potencial pós-sináptico, o neurotransmissor difunde-se para fora da fenda sináptica. Nesse local, ele é degradado por enzimas ou recaptado pelas células próximas.
→ Receptores de neurotransmissores
As células pós-sinápticas respondem aos neurotransmissores graças ao reconhecimento desses mensageiros químicos pelos receptores das células. Dentre os receptores de neurotransmissores, destaca-se o canal iônico ligante dependente, também conhecido como receptor ionotrópico.
Os neurotransmissores são reconhecidos por receptores específicos.
O neurotransmissor atua no receptor ionotrópico ligando-se a uma parte específica, a qual é responsável por abrir um canal que permite a entrada de íons que se difundem pela membrana. Essas alterações provocam o potencial pós-sináptico. O potencial pós-sináptico pode ser excitatório ou inibitório.
Além do receptor ionotrópico, alguns neurotransmissores ligam-se a receptores metabotrópicos. Nesse caso, os neurotransmissores ativam uma via de sinalização, a qual produz segundos mensageiros intracelulares.
→ Exemplos de neurotransmissores
Existem mais de 100 neurotransmissores conhecidos, sendo a grande maioria dos neurotransmissores formada por aminoácidos, aminas ou pequenos peptídios. Veja abaixo alguns neurotransmissores e a ação deles no organismo:
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Acetilcolina: atua de diferentes formas no organismo, estando relacionado, por exemplo, à memória, ao aprendizado e à estimulação dos músculos.
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Norepinefrina: estimula o sistema nervoso autônomo, atuando, por exemplo, em batimentos cardíacos e pressão sanguínea. Também está relacionado com o bom humor.
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Dopamina e serotonina: são dois neurotransmissores relacionados ao sono, ao humor, ao aprendizado e à atenção. A dopamina destaca-se também pelo controle motor. Índices baixos desse neurotransmissor estão relacionados à incapacidade de se mover de maneira voluntária e com a doença de Parkinson.
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Endorfina: é um neuropeptídeo, ou seja, uma cadeia de aminoácidos curta que age como neurotransmissor. Atua no alívio de dor, produz euforia, reduz a excreção de urina e diminui a respiração.
→ Neurotransmissores relacionados ao prazer
A endorfina é um neurotransmissor conhecido também como hormônio do prazer. Esse neurotransmissor atua como um analgésico natural, diminuindo nossa capacidade de percepção de dor. Além disso, atua também na euforia e no êxtase. Além da endorfina, não podemos deixar de falar da dopamina, que também atua na euforia e é responsável por aumentar a sensação de prazer.
→ Relação entre neurotransmissores e a depressão
Os neurotransmissores atuam em várias funções do organismo, e alterações na quantidade desses neurotransmissores podem afetar negativamente a vida de um indivíduo. A depressão, por exemplo, está relacionada, entre outros fatores, a alterações nos níveis de norepinefrina, serotonina e dopamina, neurotransmissores agrupados no grupo das aminas biogênicas.
A depressão está relacionada aos níveis de neurotransmissores.
Em pessoas com depressão, observa-se a baixa de receptores para norepinefrina e uma melhora do quadro quando administradas drogas noradrenérgicas no paciente. Já a serotonina tem sua relação com a depressão comprovada devido à eficácia do uso de fluoxetina, que é um inibidor seletivo da recaptação do neurotransmissor serotonina que atua garantindo um aumento da serotonina no cérebro. As reduções nos níveis de serotonina e noradrenalina no corpo do indivíduo provocam ansiedade e perda de energia.
A dopamina também apresenta relação com a depressão. Por estar relacionada ao sistema de recompensa do corpo, a queda dos níveis de dopamina diminui a motivação do indivíduo.
Devido à relação entre depressão e esses neurotransmissores, frequentemente o tratamento de depressão está associado a drogas que causam um aumento das aminas biogênicas.
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