Mucormicose é uma doença fúngica rara e potencialmente fatal. Também conhecida como “fungo preto” e zigomicose, a mucormicose caracteriza-se como uma doença oportunista, ou seja, uma doença que afeta, principalmente, pessoas que apresentam uma imunidade fragilizada. Pacientes imunocompetentes são raramente afetados por ela. A mucormicose não é transmitida de uma pessoa para outra, e a contaminação pelo fungo ocorre, na maioria dos casos, devido à inalação dos esporos do fungo que estejam no ambiente.
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Tópicos deste artigo
- 1 - O que é mucormicose?
- 2 - Como a mucormicose é transmitida?
- 3 - Quais são os sintomas da mucormicose?
- 4 - Como a mucormicose é diagnosticada?
- 5 - Como é feito o tratamento da mucormicose?
- 6 - Por que a mucormicose tem sido associada à covid-19?
O que é mucormicose?
A mucormicose é uma doença potencialmente fatal provocada por fungos da ordem Mucorales. Diferentes gêneros estão envolvidos com a infecção, porém o mais frequente é o Rhizopus. A mucormicose destaca-se por ser uma infecção oportunista, afetando, portanto, pessoas que tenham o sistema imunológico comprometido.
A doença acomete, principalmente, pessoas com cetoacidose diabética ou diabetes mal controlada, em quimioterapia, em corticoterapia, que sofreram grandes queimaduras, e que se submeteram ao transplante de órgãos sólidos.
Como a mucormicose é transmitida?
A mucormicose é uma doença fúngica que se desenvolve, principalmente, após a inalação de esporos de fungos da ordem Mucorales. Pode ser contraída também pelo contato dos esporos com ferimentos na pele, porém essa forma de transmissão é menos comum.
Os fungos que provocam essa doença são encontrados em diferentes ambientes, ocorrendo, por exemplo, em esterco animal, em plantas em decomposição, em vegetais e até mesmo no solo. A mucormicose não pode ser transmitida de uma pessoa para outra.
Quais são os sintomas da mucormicose?
A mucormicose apresenta diferentes sintomas a depender de onde o fungo se instala, podendo ocorrer o comprometimento rinocerebral, pulmonar, gastrointestinal e disseminado. Na maioria dos casos, verifica-se o comprometimento rinocerebral. Esse comprometimento é grave e leva, aproximadamente, 50% das pessoas com o problema à morte.
A infecção geralmente se inicia na região dos seios paranasais, provocando inchaço da face e ao redor dos olhos. Rapidamente observa-se a evolução da doença, provocando necrose da pele e do palato, queda da pálpebra superior, dor nos olhos, protusão do globo ocular, pupila dilatada mesmo depois de sofrer estimulação luminosa, paralisia facial, comprometimento do sistema nervoso central, coma profundo, e morte.
O segundo tipo de comprometimento que mais ocorre em pacientes com mucormicose é o pulmonar. O pulmão pode ser acometido devido à aspiração de esporos ou também pela disseminação linfática ou hematogênica.
Vale salientar que, sem o devido tratamento, pode ocorrer disseminação também para outros órgãos. No que diz respeito ao comprometimento pulmonar, destacam-se como sintomas: tosse, febre, falta de ar, perda de peso, produção de escarro, dor torácica, e expectoração de sangue proveniente da árvore traqueobrônquica ou do parênquima pulmonar.
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Como a mucormicose é diagnosticada?
O diagnóstico da mucormicose é feito com base na análise dos sintomas apresentados pelo paciente em associação com exames histopatológicos, biópsias e exames de imagem. A mucormicose é uma doença grave e de evolução rápida, portanto, o diagnóstico precoce é extremamente importante para se reduzir o risco de morte pela doença.
Como é feito o tratamento da mucormicose?
O tratamento da mucormicose envolve o uso de medicamentos antifúngicos e também pode envolver cirurgias. As cirurgias visam a retirar partes de tecido acometido pela infecção (desbridamento cirúrgico).
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Por que a mucormicose tem sido associada à covid-19?
Recentemente observou-se que alguns pacientes com covid-19, ou que se recuperaram recentemente da doença, haviam desenvolvido a mucormicose. O alerta para a possível associação entre as doenças foi dado pela Índia, que observou centenas de casos no país em um curto tempo.
Como se sabe, a mucormicose afeta, principalmente, pacientes com o sistema imunológico comprometido e pessoas com determinadas comorbidades, como diabetes. Pacientes graves com covid-19 são submetidos a medicamentos que podem provocar a queda da imunidade.
Seria essa queda de imunidade que favoreceria o desenvolvimento de mucormicose nesses pacientes. Além disso, especialistas sugerem que o grande aumento na Índia se deve ao fato de que o país é um dos que mais apresentam pacientes com diabetes no mundo, e essa doença aumenta os riscos do desenvolvimento da mucormicose.